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Advogados apontam lentidão e dificuldade de acesso à Justiça, revela pesquisa da USP

  • gazetadevarginhasi
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura
Advogados apontam lentidão e dificuldade de acesso à Justiça, revela pesquisa da USP
Divulgação
A maioria dos advogados brasileiros considera o Poder Judiciário lento e de difícil acesso, segundo o Índice de Confiança dos Advogados na Justiça (Icaj) 2025, elaborado por professores da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace).

O estudo, conduzido pelos professores Claudio de Souza Miranda, da Faculdade de Economia e Administração de Ribeirão Preto (Fearp), e Marco Aurélio Gumieri Valério, da Faculdade de Direito de Ribeirão Preto (FDRP), analisa percepções sobre o Judiciário em temas como honestidade, eficiência, acesso e custo.

Criado em 2010, o levantamento ouviu 1.270 advogados de todos os estados brasileiros e do Distrito Federal. A maioria é homem (64,9%), atua em capitais (59%) e está concentrada na Região Sudeste (52,5%).

A nota geral de confiança no Judiciário ficou em 31,4, em uma escala de 0 a 100. Quando o assunto é rapidez na solução dos litígios, 50,8% dos entrevistados afirmaram que o sistema é muito lento, enquanto 44,8% o consideram lento.

Apesar do descontentamento, a nota de rapidez subiu para 17,8, o maior índice da série histórica — que nunca havia passado de 13,9.

Em relação ao acesso à Justiça, 43% dos advogados classificaram como difícil, mas 38% disseram considerá-lo fácil. O indicador chegou a 46,6, também o mais alto da série, superando a marca de 45,9 registrada em 2017.

Destaques regionais
A pesquisa mostra diferenças expressivas entre as regiões. O Nordeste apresentou a menor nota em rapidez (12,6) e também o maior índice de descrença quanto ao acesso à Justiça (39,5). Já o Sul teve o melhor desempenho em celeridade (21) e o Sudeste mostrou o maior nível de confiança no acesso (48,2).

O estudo também revela uma queda acentuada na confiança do Centro-Oeste, de 33,2 para 27,8, atribuída, segundo os pesquisadores, a um perfil mais conservador de advogados que atuam em cidades menores.

No Nordeste, a nota geral caiu de 29,4 para 26,2, enquanto o Sudeste e o Norte registraram avanços — de 32,3 para 33,3 e de 26,2 para 28,7, respectivamente.

De acordo com Claudio Miranda, as advogadas mulheres, que estão mais concentradas em grandes centros urbanos, apresentaram maior crescimento na confiança no Judiciário.
Fonte: Conjur

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Gazeta de Varginha

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