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Antidepressivos podem aumentar sensibilidade ao calor, alertam especialistas

  • gazetadevarginhasi
  • 25 de mar.
  • 2 min de leitura
Antidepressivos do tipo inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) — como sertralina e fluoxetina — podem aumentar a vulnerabilidade das pessoas ao calor extremo, alerta reportagem da CNN Brasil. Esses medicamentos, amplamente usados no tratamento de depressão, ansiedade e pânico, interferem na regulação da temperatura corporal, podendo causar desidratação, superaquecimento e até insolação.
O tema viralizou nas redes sociais após uma usuária do TikTok compartilhar sua experiência com os efeitos colaterais durante o verão. Muitas pessoas comentaram que nunca foram informadas sobre esse risco, mesmo após anos de uso contínuo dos remédios.
Especialistas como Laurence Wainwright, da Universidade de Oxford, explicam que os ISRSs atuam no hipotálamo, a área do cérebro responsável por manter a temperatura do corpo. Com mais serotonina na corrente sanguínea, o cérebro pode se tornar menos sensível às variações térmicas e falhar em ativar os mecanismos naturais de resfriamento, como a transpiração.
📌 Riscos associados ao uso de ISRS no calor:
  • Suor excessivo ou insuficiente
  • Dificuldade de perceber sede
  • Aumento da frequência urinária
  • Maior risco de exaustão por calor e insolação
A psiquiatra Judith Joseph reforça que, embora os ISRSs sejam extremamente eficazes, é preciso que médicos e pacientes estejam cientes dos riscos relacionados ao clima.
“Superaquecimento pode piorar sintomas de ansiedade, depressão e afetar o humor. É algo que precisa ser discutido mais seriamente”, afirma a especialista.
✅ Dicas para pacientes que usam ISRSs em climas quentes:
  • Evitar exposição ao sol nas horas mais quentes
  • Hidratar-se constantemente
  • Evitar álcool e cafeína
  • Observar sinais de desidratação e exaustão
  • Procurar ajuda médica ao sentir náuseas, tontura, pulso acelerado ou febre
Ainda há pouca conscientização médica e científica sobre essa relação, e muitos pacientes nem sequer leem as bulas por medo dos efeitos colaterais.
A mensagem final dos especialistas não é abandonar o tratamento, mas sim reforçar os cuidados durante o calor para evitar riscos desnecessários à saúde.

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Gazeta de Varginha

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