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Apreensões de skunk disparam em Minas com avanço de facções criminosas

  • gazetadevarginhasi
  • há 1 hora
  • 2 min de leitura

fonte: o tempo
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O tráfico de drogas em Minas Gerais apresenta mudanças significativas no perfil de consumo, com destaque para o skunk, versão da maconha que pode ter até 30% mais THC, o principal composto psicoativo da planta. Em 2025, as apreensões da substância saltaram 1.331% em relação ao ano passado, passando de 39 quilos para 558 quilos, segundo dados da Polícia Rodoviária Federal (PRF).
No mesmo período, a PRF apreendeu 29.468 quilos de drogas — entre cocaína, crack, ecstasy e outras substâncias — 24% a mais do que em 2024. O aumento das apreensões é atribuído ao fortalecimento da inteligência policial e à atuação integrada em todo o país, com foco em rotas interestaduais e internacionais, principalmente vindas do Paraguai e da Bolívia.
Especialistas em segurança pública apontam que o crescimento do consumo de skunk reflete um perfil mais liberal e diverso de usuários, abrangendo diferentes classes sociais. O especialista Jorge Tassi destaca que o tráfico funciona de forma interligada, com facções nacionais, como o PCC, coordenando operações em todo o país. Para Arnaldo Conde, o aumento das apreensões revela apenas a ponta do esquema, que envolve movimentação financeira milionária e atuação organizada de quadrilhas como PCC e CV.
Policiais ouvidos sob anonimato relatam que a presença de armas vindas do Rio de Janeiro e a intensificação das disputas territoriais indicam o fortalecimento das facções em Minas. “O crime em Minas Gerais está cada vez mais organizado, especialmente no tráfico de drogas”, afirma um sargento da PMMG.
O governo estadual acompanha o avanço das organizações criminosas por meio da Sejusp, que atua junto à Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Penal, Ministério Público, Tribunal de Justiça e outros órgãos via Sistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública (SEISP). Em 2024, 360 criminosos foragidos foram recapturados no estado.
No âmbito federal, o Ministério da Justiça e Segurança Pública lançou o projeto Antifacção, com objetivo de endurecer a legislação sobre organizações criminosas. Entre as medidas previstas estão a criação de banco de dados de membros, infiltração de agentes e aumento da gravidade dos crimes relacionados às facções. O projeto será analisado pelo Congresso nos próximos meses.

Gazeta de Varginha

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