Baixa no Lago de Furnas compromete pesca, piscicultura e turismo no Sul de Minas
gazetadevarginhasi
há 3 dias
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fonte: g1
A queda acentuada do nível do Lago de Furnas voltou a gerar apreensão entre pescadores, piscicultores e trabalhadores do turismo no Sul de Minas. Desde setembro, o reservatório opera abaixo da cota mínima ideal de 762 metros acima do nível do mar e, segundo medições atuais, encontra-se com apenas 29% do volume útil — índice considerado crítico pela Agência Nacional de Águas (ANA).
Em Alfenas, uma das cidades mais afetadas, áreas tradicionalmente submersas se transformaram em faixas de terra firme, com vegetação exposta e trechos onde já é possível caminhar. A redução do nível, que variou de 762 metros em agosto para 757 metros no registro mais recente, afeta diretamente atividades essenciais, como navegação, pesca e produção em tanques-rede.
A queda no volume dificulta a circulação de embarcações e reduz zonas de captura, impactando tanto pescadores quanto trabalhadores do turismo. Rafael Alves de Barros, coordenador de Pesca e Piscicultura de Alfenas, afirma que ao menos 15 piscicultores, dezenas de pescadores profissionais e diversos prestadores de serviço já enfrentam prejuízos. Segundo ele, o problema mais urgente é a baixa oxigenação da água, agravada pela pouca profundidade. “É muito preocupante. A baixa oxigenação impacta os peixes em tanques e a pesca profissional. A elevação do nível seria muito melhor para todos”, disse.
Apesar do cenário crítico, a previsão de chuvas acima da média em dezembro traz alguma esperança de recuperação gradual do reservatório. Trabalhadores e moradores seguem na expectativa de que o aumento do volume devolva segurança às atividades e recupere áreas hoje expostas.
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