Banco Central mantém Selic em 15% por tempo prolongado e reforça cautela com inflação
gazetadevarginhasi
11 de nov.
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fonte: itatiaia
O Banco Central divulgou nesta terça-feira (11/11) a ata da reunião mais recente do Comitê de Política Monetária (Copom). O documento confirma que a instituição pretende manter a taxa Selic em 15% ao ano por um “período bastante prolongado”, com o objetivo de levar a inflação para o centro da meta de 3%.
O Copom destaca que o cenário econômico continua marcado por alta incerteza e exige postura cautelosa. Entre os riscos citados estão o ambiente internacional — especialmente as negociações envolvendo o tarifaço dos Estados Unidos — e o mercado de trabalho brasileiro, que segue aquecido, com geração de empregos em níveis elevados.
“A estratégia de manutenção do nível atual da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta. O Comitê seguirá vigilante e poderá retomar o ciclo de ajuste caso julgue necessário”, afirma a ata.
Uma novidade do documento foi a inclusão, na análise de riscos inflacionários, da proposta de ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil, apontada como possível estímulo adicional à demanda.
Para o economista sênior do Inter, André Valério, a ata reforça o tom do comunicado divulgado na semana passada. Segundo ele, mesmo com medidas de estímulo anunciadas pelo governo, o Copom não vê prejuízo relevante ao cenário de convergência da inflação para a meta até o segundo trimestre de 2027.
O Inter mantém a expectativa de início do ciclo de queda de juros em janeiro de 2026, com um corte de 0,25 ponto percentual. Valério destaca que a combinação de inflação corrente menor, expectativas mais ancoradas e desaceleração da atividade econômica — com possibilidade de PIB negativo no terceiro trimestre — cria as condições para o primeiro corte.
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