Batata cai pelo segundo mês seguido e exportações de frutas avançam no Brasil
gazetadevarginhasi
26 de ago.
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Divulgação
Preços da batata recuam pelo segundo mês seguido nas Ceasas; cebola também registra queda.
Os preços da batata voltaram a cair nas principais Centrais de Abastecimento (Ceasas) do país em julho. Segundo o 8º Boletim do Programa Brasileiro de Modernização do Mercado Hortigranjeiro (Prohort), divulgado pela Conab na quinta-feira (21), a redução média ponderada foi de 31,61% em relação ao mês anterior, queda registrada em todos os 11 mercados atacadistas analisados. O recuo é explicado pela oferta abundante do tubérculo, que atingiu em julho o maior volume de comercialização do ano.
A cebola também apresentou retração significativa. Na média ponderada, os preços ficaram 25,57% abaixo dos praticados em junho e quase 60% inferiores aos registrados em julho de 2024.
Já os preços do tomate tiveram variação conforme o mercado. Enquanto a Ceasa do Paraná registrou queda de 16,68%, em Santa Catarina houve alta de 4,68%. No consolidado nacional, a média ficou 5,68% mais baixa. A Conab explica que a oscilação ocorre devido ao maior controle que os produtores conseguem exercer sobre a oferta. A cenoura, por sua vez, apresentou estabilidade, com pequenas variações em função do aumento da oferta.
Entre as folhosas, a alface registrou aumento médio de 9,93%, com destaque para a Ceasa do Paraná. A Conab ressalta que, como a produção costuma estar próxima aos centros consumidores, fatores como demanda local e qualidade do produto influenciam diretamente no preço.
No grupo das frutas, a laranja caiu 9,8% na média ponderada, impactada pela menor demanda no período de férias escolares, pelo clima mais frio e pela concorrência da poncã. A maçã seguiu tendência semelhante, com leve queda de 1,92%. A melancia, entretanto, teve alta de 3,92%, influenciada pela redução de oferta de algumas regiões em entressafra, mesmo com o aumento da produção em Goiás e Tocantins.
Banana e mamão também encareceram. A banana subiu 10,48%, reflexo da menor oferta da variedade nanica no inverno. O mamão apresentou a maior elevação entre as frutas analisadas, com alta de 21,65%, resultado das baixas temperaturas que reduziram a oferta.
No cenário internacional, as exportações de frutas brasileiras somaram 641,5 mil toneladas entre janeiro e julho de 2025, crescimento de 30% frente ao mesmo período de 2024. O faturamento atingiu US$ 755,2 milhões (FOB), alta de 19% em relação ao ano anterior e de 25% em comparação com 2023.
A edição também destacou o Encontro Nacional das Ceasas, realizado em Brasília no fim de julho. O evento discutiu avanços para o setor e anunciou uma parceria com a Conab para elaboração de um Diagnóstico Nacional das Centrais e a criação de um índice de preços nacional para hortigranjeiros.
O levantamento do Prohort considera informações de Ceasas localizadas em São Paulo e Campinas (SP), Belo Horizonte (MG), Rio de Janeiro (RJ), Vitória (ES), Curitiba (PR), São José (SC), Goiânia (GO), Recife (PE), Fortaleza (CE) e Rio Branco (AC).
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