Brasil negocia com China e Índia ampliação do comércio agropecuário
gazetadevarginhasi
17 de abr.
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Brasil busca ampliar comércio agropecuário com China e Índia em meio a tarifaço dos EUA
O governo brasileiro está negociando com China e Índia a adoção de novos protocolos comerciais que ampliem o acesso do agronegócio nacional a esses mercados estratégicos. Os encontros, realizados em Brasília, ocorrem em um momento de tensão global no comércio, com o aumento de tarifas impostas pelos Estados Unidos sob a gestão de Donald Trump.
As tratativas ganham ainda mais relevância com a proximidade da próxima cúpula dos Brics, marcada para julho. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, tem conduzido reuniões com autoridades da Índia, Rússia, Irã e Emirados Árabes Unidos. Na próxima terça-feira (22), está prevista a visita de uma delegação do GACC — o órgão alfandegário da China, responsável pelas normas de importação.
Segundo Fávaro, o Brasil enxerga o atual cenário internacional como uma chance de reforçar sua presença em mercados estratégicos. “Não deixa de estar presente a pauta de ampliação de mercado e de superação dos desafios do momento tarifário dos Estados Unidos. E estamos tratando isso como oportunidade”, afirmou.
Como reflexo das tensões comerciais com os EUA, a China acelerou suas compras de soja brasileira. Apenas na última semana, o país asiático adquiriu cerca de 2,4 milhões de toneladas do grão. Atualmente, a China é responsável por aproximadamente 75% das exportações brasileiras de soja. O mercado já projeta um aumento para ao menos 80% em breve.
A soja brasileira tem ganhado cada vez mais espaço no mercado chinês, substituindo parte das exportações americanas — o que gera preocupação no setor agrícola dos Estados Unidos, já que o grão é a principal commodity exportada por eles para a China.
“Está aumentando [a venda] de forma natural”, pontuou Fávaro, destacando a competitividade e a confiança conquistadas pelo produto brasileiro.
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