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Brasil realiza 30 mil transplantes em 2024, maior número da história, mas número de doadores recua

  • gazetadevarginhasi
  • 12 de jun.
  • 2 min de leitura
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O Brasil alcançou em 2024 um marco inédito na área da saúde, ao ultrapassar a marca de 30 mil transplantes de órgãos e tecidos realizados em apenas um ano. De acordo com dados do Ministério da Saúde, foram exatamente 30.300 procedimentos, número que consolida o país como detentor do maior sistema público de transplantes do mundo.
Cerca de 85% das cirurgias foram realizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), que destinou R$ 1,47 bilhão para esse tipo de atendimento. O investimento representa um aumento de 28% em relação a 2022, refletindo o compromisso do governo em ampliar o acesso à saúde.
Apesar do avanço nos transplantes, o número de doadores caiu ligeiramente: foram 4.086 doadores efetivos em 2024, ante 4.129 em 2023. A redução, embora pequena, acende um alerta em meio à crescente fila de espera por órgãos no país.
Atualmente, cerca de 78 mil brasileiros aguardam um transplante. A demanda é liderada pelo rim, com 42.838 pessoas na fila, seguido por córnea (32.349), fígado (2.387) e medula óssea (3.743).
A legislação brasileira, por meio da Lei nº 9.434/1997, determina que a doação de órgãos só pode ocorrer com autorização familiar. Cônjuges ou parentes até o segundo grau têm a prerrogativa de dar esse consentimento.
Em 2024, 55% das famílias entrevistadas aceitaram a doação, um índice considerado razoável, mas que ainda pode melhorar. A taxa de aceitação é fundamental, já que um único doador pode salvar até oito vidas.
Para incentivar a prática, o governo disponibiliza a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) — um documento digital onde a pessoa manifesta, em vida, o desejo de doar seus órgãos. Embora a AEDO não substitua a autorização da família, ela funciona como um registro formal e um importante instrumento de sensibilização.
Até abril de 2025, mais de 20 mil pessoas haviam preenchido o documento, o que demonstra um interesse crescente da população em contribuir para salvar vidas, mesmo após a morte.

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Gazeta de Varginha

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