Brutalidade na Pampulha: jovens são indiciados por morte em frente a shopping

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Jovem morto na Pampulha: polícia conclui inquérito e dois homens são indiciados.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu nesta semana o inquérito que apurou o homicídio brutal de um jovem de 20 anos, ocorrido em 15 de junho, em frente a um shopping na região da Pampulha, em Belo Horizonte. Dois homens, de 20 e 27 anos, foram apontados como responsáveis pelo crime, que teve início em um evento realizado no topo do centro comercial.

De acordo com a delegada Ariadne Coelho, titular da Delegacia Especializada de Homicídios de Venda Nova, a vítima foi agredida com extrema violência. “A vítima foi agredida de forma cruel, com múltiplos chutes na cabeça, mesmo após cair desacordada. Foi socorrida, mas morreu uma semana depois devido a hemorragia intracraniana”, detalhou.

As investigações apontaram que a motivação do crime envolveu rivalidade entre facções e um suposto conflito passional que culminou na agressão. A delegada explicou que gestos trocados entre os grupos rivais dentro do evento teriam sido o estopim da violência.

Envolvimento em crimes e uso das redes sociais

A equipe do Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) identificou que o investigado de 20 anos mantinha um perfil em rede social registrado no Rio de Janeiro, usado para divulgar atividades criminosas como clonagem e roubo de veículos destinados ao financiamento de organizações criminosas.

“Ele publicava armas de fogo e ostentava participação em atividades criminosas. É um exemplo do uso de plataformas digitais como facilitadoras do crime e de propagação do ódio contra a sociedade e o Estado”, afirmou a delegada Ariadne.

O segundo investigado, de 27 anos, também teria participado das agressões e chegou a tentar atacar uma vítima sobrevivente. Ambos já possuíam antecedentes criminais por roubo, tráfico de drogas e homicídio.

O suspeito mais jovem se apresentou à polícia no dia 28 de julho, enquanto o outro foi preso em sua residência, em Vespasiano, na última sexta-feira (29).

O chefe do DHPP, delegado Álvaro Huertas, destacou a complexidade do caso e a importância do trabalho investigativo. “É fundamental que a sociedade entenda que nosso objetivo é proteger vidas e desarticular redes criminosas. Esse resultado mostra o empenho e a dedicação da nossa equipe frente a crimes de extrema gravidade”, ressaltou.

Ambos permanecem detidos no sistema prisional e estão à disposição da Justiça.

Fonte: PCMG