Café mineiro pode ganhar espaço em Angola com tecnologia da Epamig
29 de jan.
Reprodução
Investidores estrangeiros buscam cultivares mineiras para plantio de café em Angola.
Uma comitiva de investidores agropecuários de Portugal e Angola visitou os campos experimentais da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig), nos municípios de Três Pontas e Machado, no Sul do estado. O grupo conheceu as pesquisas e tecnologias mineiras voltadas para a cafeicultura, além de avaliar a viabilidade do plantio das cultivares mineiras em solo angolano.
Com condições climáticas e de solo semelhantes às de Minas Gerais, Angola pode ser um ambiente favorável para as variedades desenvolvidas pela Epamig. Vilma da Silva, diretora-geral-adjunta da Okafe Premium Coffee e integrante da comitiva, destacou a excelência da Epamig na pesquisa cafeeira.
“O Brasil se destaca na pesquisa em café, e a Epamig é uma referência mundial. Foi essa credibilidade que nos trouxe até aqui”, afirmou.
O objetivo inicial dos investidores é a implantação experimental de 50 hectares na região de Gabela, na província de Cuanza Sul, Angola.
Cultivares mineiras podem ganhar espaço no mercado angolano
Denis Nadaleti, pesquisador da Epamig, destacou que algumas cultivares desenvolvidas pela instituição, como a MGS Paraíso 2 e a MGS Ametista, apresentam grande potencial para exportação. “Essas variedades possuem alto desempenho produtivo e qualidade, podendo atender bem às expectativas do grupo”, explicou.
Parceria pode se expandir para outras culturas
Além do café, os investidores demonstraram interesse em outras culturas, como feijão e arroz de sequeiro, setores nos quais a Epamig também desenvolve pesquisas.
Para Clenderson Gonçalves, chefe da Assessoria de Negócios Agropecuários da Epamig, a visita pode abrir portas para futuras colaborações. “Esse interesse internacional reforça a relevância do trabalho da Epamig. A parceria tem potencial para fortalecer a pesquisa mineira e expandir nossa tecnologia para o mercado global”, destacou.
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