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Caso Benício: mensagens revelam desespero de médica após prescrever dose errada de adrenalina

  • gazetadevarginhasi
  • há 27 minutos
  • 2 min de leitura
fonte: itatiaia
fonte: itatiaia
A Polícia Civil do Amazonas divulgou, nesta segunda-feira (1º), trocas de mensagens entre a médica responsável por atender Benício Xavier, de 6 anos, e um colega de trabalho, momentos após a profissional prescrever uma dosagem incorreta de adrenalina intravenosa. O menino morreu entre a noite de sábado (23) e a madrugada de domingo (24), no Hospital Santa Júlia, em Manaus.
Em uma das mensagens, a médica admite o erro e pede ajuda:“Me ajuda. Eu errei na prescrição.”
Desespero após perceber o erro
Benício havia dado entrada na unidade com tosse seca e suspeita de laringite. A médica prescreveu lavagem nasal, soro, xarope e, por engano, três doses de adrenalina endovenosa, de 3 ml cada, a serem aplicadas em intervalos de 30 minutos. A via correta, nesse tipo de atendimento, seria a nebulização.
Nos prints divulgados, a médica relata ao colega:
  • “Urgente, prescrevi inalação com adrenalina e acabaram fazendo EV.”
  • “Ele está todo amarelo. Urgente, pelo amor de Deus.”
Em seguida, ela informa que o menino havia desmaiado:“O que eu prescrevo? Paciente desmaiou, pelo amor de Deus, eu errei a prescrição.”
O colega pede calma e orienta a médica a focar no atendimento, enquanto ela tenta solicitar apoio da UTI:“Qual o código para pedir UTI?”, questiona ela, dizendo estar desesperada.
Tentativas de salvar Benício
Após o agravamento do quadro, Benício foi levado à UTI. Ele apresentou piora rápida, precisou ser intubado e sofreu as primeiras paradas cardíacas. Mesmo com manobras de reanimação, o menino morreu às 2h55.
Um relatório interno do hospital, enviado à Polícia Civil e obtido pela Rede Amazônica, aponta que a médica reconheceu o erro durante o atendimento.
O caso é investigado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM).
Investigação e afastamentos
O delegado responsável, Marcelo Martins, chegou a solicitar a prisão preventiva da médica, entendendo que o caso configuraria homicídio doloso qualificado. No entanto, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) concedeu habeas corpus preventivo, impedindo a prisão da profissional durante as investigações.
O Conselho Regional de Medicina do Amazonas (Cremam) abriu um procedimento para apurar o caso. A médica e a técnica de enfermagem envolvida no atendimento foram afastadas de suas funções.
O pai de Benício afirmou:“Queremos justiça pelo Benício e que nenhuma outra família passe pelo que estamos vivendo.”

Gazeta de Varginha

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