Casos de febre maculosa crescem em MG; autoridades alertam para prevencao
- gazetadevarginhasi
- 22 de set.
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Minas Gerais registra 27 casos de febre maculosa em 2025; Caeté confirma duas mortes.
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmou, em 2025, 27 casos de febre maculosa — doença infecciosa transmitida pela picada do carrapato-estrela. Belo Horizonte aparece no topo da lista, com cinco registros, seguida por Itabira, que contabilizou quatro ocorrências. As únicas mortes confirmadas neste ano foram em Caeté, na Região Metropolitana, onde dois óbitos foram atestados após laudos da Fundação Ezequiel Dias (Funed), divulgados na última quinta-feira (18/9).
Apesar da confirmação, a SES-MG ressaltou que ainda não é possível afirmar que as vítimas tenham contraído a doença em Caeté. “Ressalta-se que o dado refere-se ao município de residência, e não necessariamente ao local provável de infecção (LPI). A investigação epidemiológica sobre a origem dos casos e a definição das medidas cabíveis estão sob responsabilidade das equipes municipais de Vigilância em Saúde”, destacou a pasta.
O levantamento também mostra que o número de casos da doença tem crescido nos últimos anos. Em 2024, foram 95 registros em todo o estado, acima dos 90 em 2023 e dos 27 em 2022. O dado positivo, no entanto, está na redução de mortes: em 2024 foram quatro, contra 20 em 2023 e seis em 2022.
Municípios com registros em 2025Entre as cidades com casos confirmados estão: Belo Horizonte (5), Itabira (4), Santa Luzia (3), Caeté (2), além de municípios como Bambuí, Betim, Boa Esperança, Contagem, Itueta, Lagoa Santa, Ouro Preto, Paracatu, Serranópolis de Minas, Serro, Varginha, Vespasiano e Volta Grande, todos com um caso cada.
O que é a febre maculosaEndêmica em Minas Gerais, a febre maculosa é causada por bactérias do gênero Rickettsia e transmitida pela picada do carrapato-estrela infectado. Embora seja mais frequente no período de seca, entre abril e outubro, pode ocorrer em qualquer época do ano. O ciclo de transmissão envolve animais hospedeiros, como as capivaras, que funcionam como reservatórios da bactéria.
Nos humanos, o período de incubação varia de 2 a 14 dias após a picada. Sem diagnóstico rápido e tratamento adequado, a doença pode evoluir de forma agressiva e levar à morte.
Principais sintomas
Febre alta;
Dor de cabeça intensa;
Náuseas e vômitos;
Dor abdominal e diarreia;
Dor muscular persistente;
Inchaço e vermelhidão nas mãos e pés;
Manchas vermelhas em pulsos, tornozelos, braços e plantas dos pés.
PrevençãoA SES-MG reforça que a principal forma de prevenção é evitar o contato com carrapatos. Entre as recomendações estão:
Usar repelentes à base de icaridina;
Vestir roupas claras, de mangas compridas, calçados fechados e meias longas;
Utilizar equipamentos de proteção em áreas de risco;
Realizar inspeções frequentes no corpo após atividades em áreas rurais ou matas;
Remover carrapatos com pinça, evitando esmagamento;
Manter quintais, lotes e pastos limpos;
Aplicar carrapaticidas em animais domésticos e de criação.






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