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Centro de Varginha fecha 91 lojas em 7 meses e acende alerta no comércio local

  • gazetadevarginhasi
  • há 7 horas
  • 2 min de leitura

Reprodução
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Entre janeiro e julho deste ano, 91 lojas fecharam as portas no centro de Varginha (MG), conforme dados da Receita Federal. A situação acendeu o alerta entre comerciantes, especialistas e autoridades locais, que já discutem a necessidade de medidas urgentes para reverter esse cenário preocupante.
O centro da cidade, que já foi um polo vibrante de comércio e serviços, hoje sofre com baixo fluxo de consumidores, ruas com imóveis vazios e uma clara redução na vitalidade econômica. A estrutura urbana antiga, com ruas estreitas e pouca oferta de estacionamento, é apontada por moradores e lojistas como uma das causas para o esvaziamento da região. “O comércio migrou para outros bairros mais acessíveis”, afirma a aposentada Heliane Penha Ribeiro. O impacto nos negócios é visível. Apenas na Rua Deputado Ribeiro de Resende, há seis salões comerciais vagos. No período analisado, enquanto 91 estabelecimentos encerraram suas atividades, apenas 55 abriram, gerando um saldo negativo de 36 empresas.
O professor e pesquisador de economia Guilherme Vivaldi avalia que a situação afeta principalmente os pequenos empreendedores, muitos dos quais apostam no comércio como fonte principal de renda. Além disso, há prejuízos na arrecadação de impostos e na geração de empregos formais. O avanço do comércio eletrônico, que cresceu 19% nos últimos dois anos no Brasil, também tem pressionado o varejo físico. No entanto, especialistas destacam que problemas estruturais persistentes, como calçadas precárias, iluminação insuficiente e falta de atrativos, também desestimulam o consumidor a frequentar o centro. Para o economista, o poder público precisa agir rapidamente. “Ações de curto prazo como melhoria na limpeza, iluminação e trânsito são fundamentais. Já a médio e longo prazo, é preciso investir em um plano de reestruturação urbana que valorize a identidade do centro”, comenta Vivaldi. Fábio Carvalho, comerciante e integrante do grupo “Comerciantes Unidos”, participou de uma audiência na Câmara Municipal para expor as dificuldades do setor. Ele aponta a falta de segurança, iluminação e vagas de estacionamento como barreiras para o retorno do público. Em resposta, a Prefeitura de Varginha afirmou que a Guarda Municipal intensificou as rondas, que houve aumento nas vagas de estacionamento após revitalizações recentes, e que tem promovido eventos para movimentar o centro.
A administração também disse estar analisando propostas apresentadas pela Associação Comercial da cidade.

Gazeta de Varginha

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