China anuncia plano de energia renovável para atingir meta climática até 2060
5 de mar.
A China revelou um novo plano de investimentos em energia renovável como parte de seus esforços para reduzir as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas. O país, maior emissor de gases de efeito estufa do mundo, pretende atingir o pico de suas emissões até 2030 e alcançar a neutralidade de carbono até 2060.
Entre as iniciativas anunciadas pela Comissão Nacional de Desenvolvimento e Reforma (NDRC), está a construção de novos parques eólicos offshore e grandes bases de energia solar em regiões desérticas. O governo chinês também propôs uma nova usina hidrelétrica no rio Yarlung Tsangpo, no Tibete – um projeto que já gerou tensão com a Índia devido ao possível impacto no fluxo de água.
Além disso, a China planeja estabelecer uma linha direta de transmissão de energia conectando o Tibete às regiões de Hong Kong, Macau e Guangdong, facilitando o uso de energia renovável em áreas urbanas densamente povoadas.
Mas e o carvão?
Apesar do compromisso com fontes limpas, o governo chinês confirmou que o carvão continuará sendo uma peça fundamental de sua matriz energética. A NDRC destacou que o país aumentará a produção e o fornecimento desse combustível, enquanto realiza testes para tecnologias de baixo carbono em usinas térmicas.
Esse dilema reflete a dificuldade da China em equilibrar crescimento econômico e sustentabilidade ambiental. A meta de reduzir a intensidade de carbono em 18% até 2025 parece distante, já que em 2024 a redução foi de apenas 3,4%, frustrando expectativas devido ao aumento do consumo de energia e eventos climáticos extremos.
Embora a China continue expandindo sua capacidade de energia renovável, sua dependência do carvão e a alta demanda por eletricidade podem atrasar o cumprimento das metas climáticas globais.
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