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Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes 24/09/2025

  • gazetadevarginhasi
  • há 2 dias
  • 8 min de leitura
 RODRIGO SILVA FERNANDES é advogado e articulista político da Gazeta e escreve as quartas e sextas. Email: Rs.fernandes@fiemg.com.br
 RODRIGO SILVA FERNANDES é advogado e articulista político da Gazeta e escreve as quartas e sextas. Email: Rs.fernandes@fiemg.com.br
Continuamos no aguardo...
A Coluna continua aguardando agenda do presidente da Câmara, Marquinhos da Cooperativa, para realizar entrevista ao Jornal Gazeta de Varginha/Coluna Fatos e Versões, bem como ao Portal Varginha Online. Embora já tenhamos contatado a assessoria de comunicação do Legislativo municipal, o presidente ainda não definiu agenda para a entrevista. Nesta semana já chegaram diversas perguntas de leitores de Fatos e Versões, para o presidente Marquinhos. Figura política recente na cidade, em seu segundo mandato e pela primeira vez no comando do Legislativo, Marquinho da Cooperativa despertar a curiosidade de muita gente! Sua história de vida, inclusive como líder dos trabalhadores da Cooperativa de Reciclagem de Varginha, o que lhe rendeu o apelido Marquinho da Cooperativa, revela muito da realidade de um setor sofrido da sociedade. Será que teremos retorno da Assessoria de Comunicação da Câmara de Varginha, sobre a entrevista com Marquinhos antes do fim do mandato? A conferir!

Farra do boi
As emendas impositivas do Legislativo, bem como repasses por meio de leis de incentivo, ao setor cultural de Varginha vão virando uma festa. Tem “cineasta que já comprou carro novo e em dois anos recebeu R$ 400 mil dos cofres públicos e nada de prestação de contas”. A fiscalização dos recursos públicos é ineficiente e as prestações de contas não são realizadas a contento. Sem falar que até mesmo ocupantes de cargos de confiança do próprio Executivo municipal, recebem na “pessoa jurídica mais de R$ 100 mil em repasses para a Cultura”, que é pago pelo Governo municipal. Denúncias no setor não faltam, da mesma maneira que processos entre integrantes do meio, que sempre foi desunido e cada um briga de unhas e dentes pelo seu naco de dinheiro. E não é pouco dinheiro não! Estamos falando de milhões de reais distribuídos “entre aliados e amigos todos os anos”! Quais as produções literárias, cinematográficas, gastronômicas ou musicais que estão sendo entregues à população para lastrear todo este dinheiro público?? Depois a população cria ranço da Lei Rouanet e dos muitos mamadores malandros de dinheiro público e os artistas não sabem porquê! O problema do setor cultural brasileiro é que os muitos artistas e produtores sérios do país não se juntam para acabar com a picaretagem de alguns poucos que controlam a distribuição de recursos!

Embrulhado pra presente
A falta de proximidade e diálogo do governo Ciacci com o novo vereador Cassio Chiodi vai empurrando o recém-empossado edil para o colo da oposição. Vereadores como Dandan ou Rogério Bueno não tem respostas ou soluções para os problemas da cidade, mas não se furtam a dialogar e argumentar com o inquieto Chiodi, que deseja mudar o mundo! Sem paciência, ou articulação política ou mesmo argumento para debater com Chiodi os problemas apontados pelo vereador, o Governo Ciacci não parece ter tempo para conversar com quem pensa diferente da administração municipal. Isso pode não ser um problema agora, mas mostra uma linha perigosa de atuação do novo governo. Afinal, quem não é ouvido tende a criar resistência e somar-se aos contrários! Fica a dica!

Sem lastro
O Brasil tem centenas de municípios sem receita, se quer, para as despesas administrativas. Ou seja, são municípios que não geram receita para pagar a folha de pagamento dos servidores, prefeito, vice, secretários municipais e vereadores. Tais municípios dependem de repasses dos governos estadual e federal e obviamente não possuem condições de oferecer bons serviços públicos à população. O Estado do Piauí possui 224 municípios, dos quais, 185 estão na situação de incapacidade financeira até para sua manutenção administrativa, ou sejam 83% dos municípios daquele Estado. Já em Minas Gerais, com seus 853 municípios, 271 não arrecadam nem mesmo para sua manutenção, ou seja 32% dependem de repasses estaduais e federais para se manterem. E não achem que a solução do problema é aumentar impostos, pelo contrário! Os municípios que passam dificuldades têm em comum a dependência de repasses públicos e, também, gastam mais do que arrecadam! São os mesmos muitos municípios que dão festa de carnaval de graça na rua e não possuem hospital ou boas escolas. A começar pelo Governo Federal que gasta mais que arrecada, até os governos municipais que não possuem prioridade nos gastos, é preciso que toda a população entenda que não existe dinheiro público, todo dinheiro sai do bolso da sociedade e os gastos inúteis de governos Brasil afora são recursos perdidos. Cabe a sociedade começar a coibir gastos “públicos inúteis e aumentos de salários e benesses para servidores e agentes públicos, isso vale para Executivo, Legislativo e Judiciário”.

Sola de sapato
O ex-prefeito Verdi Melo continua suas andanças pela região a caça de apoios para a eleição de 2026. Já o deputado estadual Cleiton Oliveira também tem intensificado agendas na região. Já em Varginha, o vereador Dudu Ottoni, continua ritmo de agendas semanais na cidade com lideranças estratégicas. Ambos os nomes são candidatíssimos a deputado estadual e estão a gastar sola de sapato em busca de ampliar sua visibilidade. A coluna tem certeza que, pelo menos um dos três vai ganhar as eleições, e, também, tem certeza que em 2028, pelo menos dois deles vão estar no mesmo palanque! Alguém aceita palpites?

Qual o destino do antiga VTC?
O antigo prédio do Varginha Tênis Clube foi assumido pela Prefeitura de Varginha que tem o comodato do imóvel por 25 anos, podendo renovar tal uso por mais 25 anos. Este prazo é longo e permite muitos projetos para o imóvel que possui localização privilegiada na cidade. Contudo, uma nova notícia pode dar outra perspectiva para o antigo VTC. Ocorre que existe a possibilidade da doação do imóvel do Estado de Minas Gerais para o Município, o que daria uma certeza nos investimentos no local. Afinal, mesmo que com comodato de 50 anos, o imóvel atualmente é do Governo de Minas, o que faz o governo municipal pensar quantos milhões vai investir na reformulação do espaço e o que fará no local, visto que não é o proprietário do imóvel. O momento é propício para que o Governo Ciacci procure o governo Zema, que em breve será governo Matheus Simões, a fim de buscar de vez a propriedade do prédio do VTC, com isso podendo fazer planos e projetos definitivos para o local, sem o risco de no futuro perder o investimento com a devolução. Tendo em vista o perfil do atual Governo de Minas, é bem possível que tenhamos a chance de adquirir o imóvel do Estado. Sem falar que o Governo Ciacci tem nomes de prestígio em âmbito estadual como o Deputado Antônio Arantes, entre outros, que podem facilmente conduzir a conversa. No caso de doação definitiva do antigo VTC para o município, uma possibilidade seria aventada para parte do imóvel: Sediar a futura Câmara de Vereadores, afinal o local é central, possui grandes dimensões para amplos projetos e o Executivo ainda poderia “dividir a conta” com o Legislativo, dando assim uma destinação final mais rápida ao local. Vamos aguardar!

Obras e projetos
Na cabeça coroada de alguns governistas o projeto de ampliar o Hospital Bom Pastor vai melhorar a estrutura pública de saúde municipal e o atendimento do Hospital que realiza grande trabalho na cidade. Mas vale pontuar que os custos da rede municipal de saúde são bem maiores que outras estruturas semelhantes. A título de comparação, com o Hospital Regional do Sul de Minas, que também é público e possui praticamente o dobro de leitos do Bom Pastor, percebesse que o Hospital municipal Bom Pastor gasta mais recursos per capta por leitos e não possui tanta diferença na qualidade do serviço. Quando comparado com o Hospital Humanitas, que é particular contudo menor, observa-se que o Hospital Bom Pastor não possui a mesma qualidade e gasta em média o mesmo valor per capta por paciente atendido. Logo, identificamos que o Hospital Municipal Bom Pastor gasta mais que o Hospital Regional, que é bem maior e não tem a mesma qualidade do Hospital Humanitas, que é particular e possui custo médio por paciente semelhante ao Bom Pastor. Será que a ampliação do Hospital Bom Pastor vai permitir que o gasto público seja mais eficiente em toda a estrutura de saúde? Será que o complexo de saúde do Bom Pastor que envolve o Hospital, o Centro de Oncologia e agora o Hospital da Criança podem ter custo por paciente mais em conta? Afinal, a proximidade do poder público municipal deveria fazer com que o gasto fosse mais eficiente do que outros entes públicos.

Espaço aberto
O vereador Cássio Chiodi, recém chegado a Câmara de Varginha, esta apresentando ideias inovadoras no Legislativo. O edil apresentou Indicação sugerindo fechar a avenida Princesa do Sul para os carros todos os domingos, de 7h às 18h. A Indicação também sugere que a avenida receba pedestres, ciclistas, skatistas, cidadãos que desejam praticar esportes, atividades culturais, de lazer e gastronomia. A ideia já acontece em algumas cidades como Belo Horizonte, Poços de Caldas entre outras, onde grandes vias são fechadas no final de semana para proporcionar mais locais abertos para desfrute da população. O vereador direcionou a proposta às secretarias municipais de Obras e de Esporte e Lazer, inclusive com o nome do “Avenida Princesa do Sul Livre”, e citou outros locais do país que já desenvolvem algo parecido, como Avenida Paulista, em São Paulo, e a av. Prudente de Moraes, em Belo Horizonte. A medida nestas cidades, inclusive, propicia o desenvolvimento da economia criativa pois diversos vendedores e comércio específico para este público que busca vender água de coco, pipoca, etc para os esportistas e famílias que ocupam tais espaços fechados. Chiodi afirmou no documento que a avenida Princesa do Sul tem vias próximas e paralelas que podem ser alternativas para os veículos aos domingos. A Indicação seguiu para os setores da Prefeitura. A ideia pode não agradar a alguns no primeiro momento, por ser a Avenida Princesa do Sul uma via de grande movimento, mesmo aos domingos, além de ser uma das entradas principais da cidade. Mas nada impede que o Município estude a possibilidade de adotar a medida em outras vias.

Volta da Restaurante Popular?
O Restaurante Popular, órgão que existe em inúmeras cidades brasileiras oferecendo alimentação balanceada por preços bem baixos, poderá voltar a existir em Varginha. Nossa cidade já possuiu um restaurante popular durante as gestões petistas, que funcionou por alguns anos e fechou no ano de 2012, na escola Caic do Imaculada. E quase chegou a inaugurar um segundo restaurante popular, com recursos do Governo Federal, que depois foram devolvidos. O vereador Rogério Bueno apresentou Indicação no Legislativo, sugerindo que a Prefeitura instale o Restaurante Popular no novo Mercado do Produtor, que está parado ainda sem definição da entrega à população. Rogério Bueno afirma que o Restaurante Popular é uma importante política pública de segurança alimentar, que oferece refeição completa a preços acessíveis para a população em vulnerabilidade social. O vereador afirma que a instalação poderá estimular a circulação de maior número de pessoas no novo Mercado, gerando empregos e aquecendo a economia local. Além disso, o local do mercado fica próximo a bairros carentes e também próximo ao centro, o que beneficiaria trabalhadores e população carente. Não se acredita que a Prefeitura de Varginha vá mudar a configuração do projeto inicial do Mercado do Produtor para instalar ali um Restaurante Popular, ainda mais sendo um projeto vindo de vereador da oposição. Mas fato é que, depois de gastar milhões no novo Mercado do Produtor, e sob forte pressão dos produtores que cobram um novo local para trabalhar, o governo precisa dar resposta rápida para o novo prédio que foi inaugurado de forma eleitoreira próximo as eleições. Muitas as possibilidades para o imóvel já foram debatidas, inclusive esta do Restaurante Popular, e mais recentemente, nos bastidores, do prédio abrigar a Nova Câmara, que é um sonho do atual presidente Marquinho da Cooperativa, construir um novo elefante branco, quer dizer, usar o elefante branco que a Prefeitura construiu e abrigar ali o Legislativo! Já que estão dando ideias mirabolantes, não custa incluir mais uma!

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Gazeta de Varginha

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