Coluna Fatos e Versões com Rodrigo Silva Fernandes 04/06/2025
gazetadevarginhasi
há 2 dias
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Alugar frota: Medida será economia ou desperdício do Governo?
O governo municipal de Leonardo Ciacci anunciou uma importante medida em relação à frota pública de veículos: a administração optou por alugar 45 novos veículos para atender a Prefeitura de Varginha. Não é a primeira vez que a Prefeitura de Varginha aluga carros. A opção de alugar ao invés de comprar já foi utilizada na Guarda Municipal, na Fundação Cultural e mesmo na administração pública direta, contudo, com aluguel aqui ou acolá, nunca nesta proporção de 45 veículos alugados de uma única vez. Se a escolha do aluguel fosse tomada por uma empresa privada, certamente poderíamos dizer que seria uma medida acertada e representaria uma economia. Mas no poder público, nem tento, precisa ser estudada a opção. E vamos fundamentar a alegação. Percebam que quando alguém da iniciativa privada aluga um carro, automaticamente você estaria desobrigado a pagar impostos como IPVA, seguro obrigatório e manutenção, que são assumidos pela empresa que aluga os automóveis. Isso naturalmente significa economia e agilidade! Contudo, quando se trata de um ente público como a Prefeitura de Varginha, não existe a obrigatoriedade de pagamento de IPVA ou seguro obrigatório, o que reduz a vantagem do aluguel da frota.
Alugar frota: Medida será economia ou desperdício do Governo – 02
Contudo, é preciso computar que os veículos públicos do governo, por ter maior uso, costumam estragar mais e geram mais gastos com manutenção, um gasto que agora não existirá com a frota alugada. Além disso, é também preciso computar que além dos gastos com manutenção, tínhamos também a perda do tempo do veículo que ficava dias, às vezes semanas na manutenção esperando peças. Agora com a frota alugada, qualquer veículo quebrado é trocado no mesmo dia, ganhando-se assim tempo e agilidade nos serviços públicos. Sem falar que a iniciativa privada é bem mais rápida e eficiente na preservação e cuidado com os automóveis, visto que um veículo atuando numa empresa privada e outro numa repartição pública, vemos claramente que a vida útil do veículo que trabalha no poder público é menor. Em alguns poucos anos o automóvel do poder público vira sucata, sendo vendido em leilões. Já o automóvel na iniciativa privada é melhor cuidado e tem vida útil maior. Neste caso, acredita-se que o estado de conservação e vida útil dos automóveis alugados pelo Poder Público, como serão cuidados e geridos pela iniciativa privada, tendem a ter maior vida útil. Então fica a pergunta do início de nossa conversa: será que foi economia ou desperdício o Governo Ciacci optar pelo aluguel de frota? A resposta será: depende de como será o cuidado dos servidores públicos com os veículos e da eficiência da empresa locadora no rápido atendimento à manutenção dos carros. Vamos ficar de olho, inclusive nos gastos com manutenção da antiga frota pública pertencente ao governo.
Minas sem Aftosa, mas longe da
diversificação econômica necessária
O Governo Estadual divulgou nesta semana que Minas Gerais tem o reconhecimento internacional como zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). A oficialização ocorreu durante a 92ª Sessão Geral da Assembleia Mundial de Delegados, em Paris, diante de representantes de 183 países. Esse reconhecimento gera uma economia significativa para os nossos produtores rurais e representa uma vitória histórica para o nosso setor agropecuário e a cadeia da proteína animal, o que nos garante segurança alimentar e acesso ao mercado global. Ainda mais num momento em que outro problema agropecuário ronda Minas Gerais, a gripe aviária. O agronegócio vem crescendo exponencialmente em Minas com alta do café, soja, carne e muitos outros. Recentemente os números da agroindústria superaram os números da mineração, que sempre foi líder pujante da economia. O crescimento da agricultura é uma opção econômica para Minas que sempre teve uma dependência da mineração. O Estado precisa agora continuar estimulando os empreendedores e apostando na diversificação e fortalecimento econômico. Ainda existem diversas outras áreas que precisam ser incentivadas e apoiadas em Minas, como o Turismo e o Comércio. Minas Gerais tem ótimas rotas turísticas e muitas belezas que podem ser exploradas como a gastronomia, o turismo religioso, ecológico, além do comércio em diversas áreas. O trabalho conjunto entre Governo de Minas, Prefeituras e entidades do setor é fundamental para este sucesso.
Aumento nos pedágios gera indignação da população
Como se não bastassem os altos preços já praticados nas praças de pedágio das rodovias mineiras, foi anunciado um novo reajuste tarifário a partir do dia 13 de junho. O aumento, de aproximadamente 7%, afetará diretamente motoristas que trafegam pelas rodovias MG-050, BR-265 e BR-491 — vias de grande importância para o escoamento da produção regional e o deslocamento diário de milhares de trabalhadores e estudantes. O novo reajuste ocorre em um momento de forte pressão econômica sobre a população, com o custo de vida em alta e serviços públicos muitas vezes aquém do esperado. O valor cobrado nos pedágios, que já é considerado abusivo por muitos usuários, contrasta com a percepção de qualidade e segurança das rodovias sob concessão, que frequentemente apresentam trechos com problemas de sinalização, buracos, acostamentos precários e obras inacabadas. A decisão da concessionária, respaldada por critérios contratuais e índices de inflação, revela uma desconexão com a realidade enfrentada pelos usuários. A falta de transparência sobre os investimentos efetivos nas vias e o impacto direto no bolso dos mineiros suscitam questionamentos sobre o modelo de concessão adotado e a atuação do poder público na regulação desse serviço essencial. Em vez de oferecer contrapartidas claras à sociedade, os reajustes seguem uma lógica financeira que parece desconsiderar a qualidade da experiência do usuário e a função social da malha rodoviária.
Sem noção e sem cabimento
A projeção de aumento no já salgado preço dos pedágios da MGC 491 vai azedar a imagem do governo estadual e ferir de morte a já cambaleante ideia do vice-governador Matheus Simões tornar-se governador. É sabido que pelo contrato da concessionária EPR com o Governo de Minas, o reajuste inflacionário é devido, mas a empresa concessionária ainda deixa muito a desejar nos investimentos necessários na via, o que ficou evidenciado na demorada atuação em restabelecer o fluxo normal da pista após dois acidentes recentes perto de Varginha na MGC 491. O prefeito Ciacci esteve recentemente com Zema e acredita-se ter levado ao governador a insatisfação da população da região com a política de preços da EPR. O Governo estadual e municipal, podem e devem fazer esforços para segurar o reajuste do pedágio, ainda mais se a empresa resistir em antecipar as obras do término da duplicação da MGC 491 em Varginha. Certamente que a região Sul de Minas vai “pesar a mão na pretensiosa candidatura de Matheus Simões se os altos pedágios continuarem sem entrega de obras relevantes”, que parece é o que se desenha!
Inovação e capacitação
O presidente da Associação Comercial, Industrial e Agropecuária de Varginha – Aciv, André Yuki participou de importante evento em São Paulo na semana passada. Durante a Semana de Alimentação Fora do Lar, realizada de 26 a 29 de maio em São Paulo, André Yuki (Abrasel Sul de Minas, SEHAV e ACIV) participou de uma série de atividades voltadas ao fortalecimento do setor de alimentação fora do lar. O evento reuniu autoridades, empresários e especialistas em torno de temas como inovação, liderança, tecnologia e políticas públicas. Destaques incluíram debates sobre inteligência artificial, reputação digital, transformação da experiência do cliente e questões regulatórias, como a alta carga tributária e a regulamentação do cigarro eletrônico. Yuki ressaltou a importância do networking e da troca de experiências para a evolução do setor. O comércio de Varginha precisa muito de inovação e capacitação para sobreviver a concorrência com as vendas pela internet que vem crescendo a cada dia. A compra no comércio local não tem mais “experiência de compra, nem agrega valor ao consumidor, que vê a ida ao comércio como perda de tempo, preferindo a facilidade das compras pela internet”. Cabe aos líderes do comércio, como aponta André Yuki agregar valor às compras no comércio local, mostrando a importância de um comércio forte, inovador e que gere novas opções e emoções ao cliente. Entidades como a Aciv, Abrasel, Sindicatos patronais do comércio entre outros precisam se mobilizar para mudar a forma de atuação do empresário, principalmente o local e regional, pois são estes os mais prejudicados.
Investimento e expansão industrial têxtil em Varginha
Na semana passada o prefeito Leonardo Ciacci recebeu em seu gabinete a direção da Tecnotextil Confecções, para tratar da expansão da empresa no município de Varginha. A Tecnotextil, já possui operações consolidadas na cidade, agora pretende ampliar a sua capacidade produtiva, gerando novas oportunidades de emprego. A reunião contou com a presença do Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico, Henrique Touguinha; da Secretária de Governo e do Consultor de Desenvolvimento Econômico e Atração de Investimentos, Juliano Cornélio, que juntos têm ampliado as captações de investimentos privados para Varginha. A ampliação da Tecnotextil reforça o ambiente favorável para novos investimentos no setor têxtil e ajuda a consolidar a vocação industrial da cidade, além de diversificar a economia local. O empreendimento já está com vagas abertas, com destaque para oportunidades no setor de costura industrial — uma excelente chance para quem busca uma colocação no mercado de trabalho. Os interessados nas vagas podem procurar a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico para mais informações sobre os processos seletivos.
Um deputado para chamar de seu...
O presidente da Câmara de Varginha, Marquinhos da Cooperativa, sempre demonstrou apreço e proximidade com a deputada federal Greice Elias, do Avante. Contudo politicamente o presidente da Câmara tem observado que a proximidade da parlamentar federal, na prática, tem rendido “holofote e votos apenas para seu colega de plenário Dudu Ottoni, que também é amigo da deputada, e tem levado os créditos de muitas conquistas locais que chegam por meio da atuação política de Greice Elias”. Embora a parlamentar atenda pedido da cidade e seus vereadores para vinda de emendas e obras, na prática, apenas Dudu Ottoni desponta como “indutor da conquista, o que talvez esteja gerando ciúmes”. Talvez por isso o presidente da Câmara de Varginha tenha mudado o foco com pedidos ao deputado federal Gilberto Abramo. Recentemente, Marquinhos da Cooperativa anunciou a conquista de R$ 500 mil reais em emenda do deputado federal Gilberto Abramo para custeio da saúde primária em Varginha. Segundo o vereador, o deputado Abramo atendeu seu pedido para o envio do recurso. E não parou por aí, Marquinho da Cooperativa também disse que o deputado federal Gilberto Abramo, também a seu pedido, destinou outros R$ 500 mil reais para a Prefeitura de Varginha investir na estruturação de unidades de atenção especializada em Saúde. Não tivemos ainda a confirmação da Prefeitura de Varginha quanto a chegada dos recursos. Mas fica claro que Marquinho da Cooperativa agora “tem um deputado próprio para chamar de seu, e ganhar os louros das conquistas que trouxer para a cidade”. Será que Greice Elias perdeu um apoiador ou foi Dudu Ottoni que caminha para ter uma deputada federal exclusiva na cidade?
Amizade fraterna e parceria institucional
Os advogados Gustavo Chalfun, Alexandre Prado e Guilherme Maia são amigos há muito tempo, bem antes da sorte institucional chamá-los para tornarem-se líderes na advocacia. Ambos os juristas passaram pela presidência da seccional da OAB Varginha, cargo que ocupa hoje o advogado Guilherme Maia, que também atua no jurídico do Cissul/Samu. Já Alexandre Prado, depois de deixar a presidência da OAB Varginha, elegeu-se vereador, trazendo espanto para muitos que não acreditavam em sua eleição. Enquanto Gustavo Chalfun, hoje na presidência da OAB/MG, cercado de responsabilidades e cobranças mil, trilha um caminho ainda mais desafiador, consolidando-se como um líder estadual com credibilidade que transborda os meios jurídicos. Certamente este trio estará junto em planos futuros...
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