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Condomínios adotam protocolos para combater violência contra a mulher com apoio de funcionários e moradores

  • gazetadevarginhasi
  • 4 de ago.
  • 2 min de leitura
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Condomínios em diversas partes do país têm adotado protocolos específicos para combater a violência contra a mulher, capacitando porteiros, síndicos e moradores a atuarem diante de suspeitas de agressão. A iniciativa já está em prática, por exemplo, em um condomínio no bairro do Ipiranga, em São Paulo, onde os funcionários de segurança foram treinados para seguir procedimentos rígidos em casos suspeitos.
Segundo Everaldo, porteiro com mais de 11 anos de experiência no local, o procedimento é claro: acionar a polícia imediatamente e tentar contato direto com a vítima. “A gente liga para a polícia e liga na unidade e pede para falar com a mulher”, afirma.
A síndica Margarethe Batista destaca que os próprios moradores são incentivados a denunciar, inclusive de forma anônima, o que facilita a atuação rápida das autoridades.
Para o advogado Rafael Paiva, especialista em violência doméstica, não agir diante de um crime pode configurar omissão de socorro. Ele lembra ainda que os crimes no ambiente doméstico são, em sua maioria, de ação penal pública incondicionada — ou seja, qualquer pessoa que souber pode e deve denunciar, mesmo sem o consentimento da vítima.
Além disso, as câmeras de segurança dos condomínios têm sido ferramentas decisivas para flagrar e comprovar agressões. Muitas mulheres, inclusive, procuram se refugiar nas áreas comuns onde há câmeras, por saberem que estão sendo filmadas.
Dois casos recentes ilustram a eficácia do sistema. Em Natal (RN), o ex-jogador Igor Cabral foi preso em flagrante após ser flagrado agredindo sua namorada com mais de 60 socos dentro de um elevador. Em São Paulo, o fisiculturista Pedro Camilo Garcia foi denunciado por um vizinho que ouviu gritos; imagens de câmeras ajudaram a localizar o agressor.
Segundo o Ministério das Mulheres, as denúncias de violência cresceram 15% em 2024, totalizando 132 mil registros, frente aos 114 mil de 2023. A conscientização e a ação rápida de moradores e profissionais têm sido decisivas para salvar vidas e levar agressores à justiça.

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