Congresso articula reação contra aumento do IOF proposto pelo governo
gazetadevarginhasi
há 3 dias
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Parlamentares da oposição estão se articulando no Congresso para impedir o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), que incide sobre crédito, câmbio e seguros. A justificativa é que o governo deveria focar na redução de gastos públicos, e não em aumentar a arrecadação por meio de mais impostos.
A mobilização começou logo após o anúncio da elevação da alíquota do IOF para 3,5%. Líderes da oposição como os senadores Rogério Marinho (PL-RN), Efraim Filho (União-PB) e o deputado Zucco (PL-RS), além de parlamentares do partido Novo, apresentaram propostas para sustar o decreto governamental.
Efraim Filho, que preside a Frente Parlamentar do Comércio, destacou que o governo precisa demonstrar responsabilidade cortando despesas antes de exigir mais sacrifícios da sociedade. Para ele, o equilíbrio fiscal não pode vir apenas pela via da receita, ignorando o controle de gastos.
Por outro lado, o vice-líder do governo na Câmara, deputado Rogério Correa (PT-MG), defendeu o aumento do IOF como uma medida emergencial diante da queda na arrecadação federal. Ele explicou que o segundo bimestre de 2025 registrou uma arrecadação inferior, o que levou a um contingenciamento de R$ 30 bilhões no orçamento. Segundo Correa, o ajuste busca preservar investimentos sociais e garantir justiça econômica.
O aumento do IOF tende a impactar o consumo, sobretudo em transações no exterior, além de encarecer o crédito para empresas, o que preocupa setores produtivos. Para impedir o avanço da medida, o projeto da oposição precisa ser aprovado pela Câmara e pelo Senado, mas ainda não há previsão para sua tramitação.
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