Conselho Federal de Medicina libera uso da ozonioterapia em casos específicos

O Conselho Federal de Medicina (CFM) autorizou oficialmente médicos a utilizarem a ozonioterapia em situações específicas. Até então, o procedimento era permitido apenas a biomédicos desde 2020.

Com a nova resolução, a técnica poderá ser aplicada no tratamento de feridas infectadas, úlceras relacionadas ao diabetes, lesões vasculares, além de dores decorrentes da osteoartrite de joelho e da hérnia de disco lombar.

A ozonioterapia consiste na aplicação de uma mistura de oxigênio com ozônio, que pode ser injetada ou administrada diretamente sobre a pele. O método auxilia na redução de inflamações e na melhora da oxigenação dos tecidos. Pacientes que já recorreram ao procedimento relatam diminuição das dores crônicas.

Especialistas, porém, ressaltam que a prática deve ser usada como complementar e não como substituta de tratamentos convencionais. Apesar da liberação, os estudos disponíveis ainda são considerados limitados, sem comprovação de eficácia em outras doenças.

A resolução do CFM estabelece que os médicos devem registrar no prontuário do paciente a técnica aplicada, a dosagem utilizada e empregar apenas materiais aprovados pela Anvisa.

A medida reacende o debate na comunidade médica, já que, mesmo reconhecida em alguns contextos, a ozonioterapia ainda é alvo de controvérsias quanto à sua real efetividade.