top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Copom deve manter Selic em 15%, enquanto mercado monitora efeitos do tarifaço dos EUA

  • gazetadevarginhasi
  • 29 de jul.
  • 2 min de leitura
ree
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia nesta terça-feira (29) sua quinta reunião de 2025 com expectativa unânime do mercado: a manutenção da taxa Selic em 15% ao ano. A decisão será divulgada na quarta-feira (30), e a perspectiva dominante é de que o BC manterá o atual patamar de juros, consolidando a pausa no ciclo de alta.
A última elevação da Selic ocorreu em junho, e desde então, as comunicações do BC reforçam uma política de juros altos por um período prolongado — estratégia que visa controlar a inflação e cumprir a meta de 3%.
De acordo com analistas do JP Morgan, qualquer decisão diferente da manutenção “seria uma surpresa”. O banco aponta que o BC tem sinalizado conforto com a atual postura contracionista e deve reforçar essa linha na reunião.
O cenário inflacionário tem colaborado para essa estabilidade: os dados do IPCA têm vindo em linha ou abaixo das expectativas, o atacado registra deflação e a atividade econômica, embora ainda sólida, dá sinais de desaceleração. A XP Investimentos considera esses elementos positivos e acredita que “a taxa Selic atual já é suficientemente contracionista”.
Contudo, um novo fator de incerteza surge: o tarifaço de Donald Trump, que impôs uma taxa de 50% sobre produtos brasileiros. Segundo a XP, o impacto direto pode ser até desinflacionário, por reduzir a demanda global e aumentar a oferta interna. No entanto, há riscos:
  1. O real pode se desvalorizar com a piora da crise diplomática;
  2. Uma eventual resposta do governo brasileiro, como retaliações tarifárias, pode ter efeito inflacionário.
Diante desse contexto, o Boletim Focus aponta que a próxima queda da Selic só deve ocorrer em março de 2026, na segunda reunião do Copom do próximo ano, levando os juros a 14,5%.
Em resumo, o Copom deve manter o ritmo, mas o cenário externo começa a pesar nas projeções de médio e longo prazo.

Comentários


Gazeta de Varginha

bottom of page