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Crime de feminicidio em Divisa Alegre leva acusado a regime fechado e multa

  • gazetadevarginhasi
  • 19 de set.
  • 2 min de leitura
Crime de feminicidio em Divisa Alegre leva acusado a regime fechado e multa
Divulgação
Homem é condenado a mais de 30 anos de prisão por feminicidio em Divisa Alegre.

O Tribunal do Júri de Pedra Azul condenou, na quarta-feira (17), um homem a 30 anos de reclusão e três anos e oito meses de detenção pelo assassinato de uma mulher com quem mantinha relacionamento afetivo. O crime ocorreu em março de 2021, em Divisa Alegre, no Norte de Minas. No julgamento, atuaram como promotores de Justiça do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) Denis Rodrigues Ribeiro e Larissa Prado Souza.

De acordo com a denúncia do MPMG, na madrugada de 23 de março de 2021, após retornarem de um bar, o casal teve uma discussão motivada por ciúmes. O acusado já possuía histórico de violência e ameaças contra a vítima, que, ao tentar fugir, foi atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça. Em seguida, ele tentou simular um suicídio, posicionando a arma próxima ao corpo da mulher.

O réu foi condenado pelos crimes de homicídio triplamente qualificado — motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e cometido por razões de gênero — e fraude processual. A pena será cumprida inicialmente em regime fechado. A Justiça também determinou multa e manteve a prisão preventiva do condenado.

Durante a sustentação oral, o promotor Denis Rodrigues Ribeiro afirmou: “Condenar, neste caso, não é um ato de ódio, mas um ato de coragem cívica. É a afirmação de que as ações têm consequências e que a verdade, provada de forma robusta pela ciência e pelas testemunhas, deve sempre prevalecer sobre a mentira”.

Homenagem à vítima
A vítima, a dentista Ana Luiza Souto Dompsin, dá nome a uma das salas da Casa Lilian, espaço do MPMG voltado ao atendimento integral de vítimas em Minas Gerais. A mãe da jovem participou da inauguração, em setembro do ano passado, e afirmou: “Essa não é uma homenagem feliz, mas uma homenagem necessária. Uma mãe que perde um filho jamais vai ressignificar isso, mas pode ressignificar a vida de outras mulheres”.

A Casa Lilian, que leva o nome da servidora do MPMG Lilian Hermógenes da Silva, assassinada em 2016, presta apoio psicossocial e orientação jurídica a vítimas e familiares de homicídios, feminicídios, crimes sexuais, racismo e outros crimes de ódio, como LGBTfobia e intolerância religiosa, realizando também encaminhamentos para instituições parceiras.
Fonte: MPMG

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