“Criminosos têm que ser tratados como terroristas”, diz Derrite ao lamentar mortes em operação no Rio

fonte: itatiaia

lítica de segurança pública e direitos humanos.O secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite (PP), lamentou nesta quarta-feira (29) a morte de policiais durante a megaoperação contra o crime organizado no Rio de Janeiro, realizada na terça-feira (28). A ação, considerada uma das mais letais da história do estado, deixou ao menos 64 mortos, entre eles quatro agentes de segurança.

“Fica aqui consignado o meu respeito, meu luto a esses verdadeiros heróis que arriscam suas vidas no combate ao crime organizado e no combate a esses terroristas”, declarou Derrite em vídeo publicado nas redes sociais.

O secretário está em Brasília, acompanhado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), para participar de discussões sobre um projeto de lei que pretende classificar o crime organizado como grupo terrorista. A proposta vem ganhando força entre gestores estaduais após as recentes ações violentas no Rio e em outras capitais.

Derrite criticou o que chamou de “tratamento leniente” dado a criminosos nas últimas décadas. “O território foi dominado há décadas por criminosos que sempre foram tratados pelo Estado brasileiro e pela nossa legislação como coitadinhos. Inúmeros benefícios e privilégios ao longo do tempo fizeram com que nós chegássemos hoje em verdadeiros territórios paralelos, não só no Rio de Janeiro, mas em outros pontos do Brasil. É por isso que esses criminosos têm que ser tratados como terroristas”, afirmou.

O discurso ocorre em meio às repercussões da operação “Contenção”, que mobilizou forças policiais nas comunidades da Penha e do Complexo do Alemão, na zona norte do Rio, e reacendeu o debate sobre violência urbana.