top of page
1e9c13_a8a182fe303c43e98ca5270110ea0ff0_mv2.gif

Megaoperação no RJ reacende debate sobre uso de GLO e gera embate entre governo federal e estadual

  • gazetadevarginhasi
  • hĆ” 12 minutos
  • 2 min de leitura

fonte: o tempo
fonte: o tempo
A megaoperação policial que resultou em dezenas de mortes nos complexos da Penha e do AlemĆ£o, no Rio de Janeiro, na terƧa-feira (28/10), desencadeou um embate polĆ­tico entre o governo do estado e o governo federal sobre responsabilidades na Ć”rea de seguranƧa pĆŗblica. No centro da discussĆ£o estĆ” o mecanismo conhecido como GLO — Garantia da Lei e da Ordem.

O que Ć© GLO?
A GLO é um instrumento previsto na Constituição Federal e regulamentado pela Lei Complementar nº 97, que permite o emprego das Forças Armadas (Exército, Marinha e AeronÔutica) em situações excepcionais de segurança pública. O recurso é utilizado quando as forças policiais locais não conseguem mais garantir a ordem e a preservação do patrimÓnio e da vida.
Quando uma GLO é decretada, os militares recebem poder de polícia temporÔrio para atuar no controle de crises. A autorização depende exclusivamente do presidente da República, que pode decidir por iniciativa própria ou mediante solicitação de um governador.
Desde o início do atual mandato, o presidente Luiz InÔcio Lula da Silva jÔ decretou três GLOs no Rio de Janeiro:
  • para reforƧo em portos e aeroportos;
  • durante a reuniĆ£o do G20;
  • no encontro dos paĆ­ses do Brics.
Conforme a legislação, uma GLO só pode ser decretada após o esgotamento de todos os outros recursos de segurança pública disponíveis.
Embate polƭtico entre Lula e ClƔudio Castro
Após a operação desta terƧa-feira, o governador do Rio de Janeiro, ClĆ”udio Castro (PL), afirmou em coletiva que estĆ” ā€œsozinhoā€ no combate ao crime e disse que o governo federal teria negado trĆŖs pedidos de emprĆ©stimo de blindados das ForƧas Armadas, alegando que somente seria possĆ­vel com GLO autorizada.
ā€œPara emprestar o blindado, tinha que ter GLO, e o presidente Ć© contra a GLOā€, declarou Castro.
O Ministério da Defesa confirmou ter recebido um ofício do governo fluminense, mas informou que o empréstimo só poderia ocorrer mediante decreto presidencial de GLO.
O ministro da JustiƧa, Ricardo Lewandowski, rebateu:
ā€œA responsabilidade Ć©, sim, do governadorā€, afirmou, destacando que nenhum pedido formal de GLO foi feito pelo estado.
Horas depois, Castro amenizou o tom:
ā€œHouve leitura errada da minha fala. NĆ£o pedi ajuda. Nas Ćŗltimas trĆŖs ocasiƵes, pedimos blindados e a resposta foi que só poderiam ser cedidos com GLO. Como o presidente Ć© contra, nĆ£o adiantava pedir de novo.ā€

Operação mais letal do Rio intensifica debate
A ação nos complexos da Penha e do Alemão é considerada a operação policial mais letal da história do Rio de Janeiro, e reacendeu o debate sobre os limites da atuação policial e o papel de cada esfera de governo na segurança pública.
Enquanto o governo estadual reclama falta de apoio federal, o Executivo federal afirma que o estado não formalizou pedidos dentro dos mecanismos previstos por lei.

Gazeta de Varginha

bottom of page