Dezembro Vermelho: historias de superacao e luta contra o HIV em Minas Gerais
2 de dez. de 2024
Doivulgação
O HIV, causador da Aids, transformou a vida de Luzia Mendes*, de 46 anos. Marcada pela tristeza e pela culpa, ela contraiu o vírus há 10 anos, ao fazer uma tatuagem. A descoberta veio apenas no ano passado, e desde então, sua rotina é entre casa e hospital. Apesar do impacto, Luzia segue em tratamento, já atingiu o status de indetectável e agradece o apoio da família.
No Hospital Eduardo de Menezes (HEM), referência em infectologia da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), ela é acompanhada por uma equipe multidisciplinar que cuida não só da saúde física, mas também do bem-estar psicológico e social. Assim como Luzia, outras 3,5 mil pessoas recebem assistência na unidade anualmente.
Marcelo Esteves*, de 37 anos, vive outro lado da mesma luta. Após descobrir o HIV há dois meses, o medo e a insegurança passaram a fazer parte do seu cotidiano. Embora o processo tenha sido doloroso, ele reforça a importância do tratamento e já entende que a convivência com o vírus é possível com os cuidados adequados.
Durante o Dezembro Vermelho, campanha promovida pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), ações de conscientização, diagnóstico e combate ao preconceito ganham força. A SES-MG também destaca a prevenção combinada, que inclui uso de preservativos, acesso a medicamentos como PrEP e PEP e testagem anônima em Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) de 65 municípios mineiros.
Segundo Ana Paula Mendes Carvalho, diretora de Vigilância de Condições Crônicas da SES-MG, o estado garante a distribuição de insumos preventivos e reforça que, em casos de exposição ao risco, a busca por atendimento em até 72 horas é essencial para iniciar o tratamento preventivo.
As histórias de Luzia e Marcelo mostram que, com o tratamento adequado, é possível superar os desafios impostos pelo HIV e levar uma vida com dignidade e qualidade.
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