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Empresário confessa assassinato de gari em Belo Horizonte após discussão de trânsito

  • Foto do escritor: Elisa Ribeiro
    Elisa Ribeiro
  • há 3 dias
  • 2 min de leitura

Divulgação
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Empresário confessa assassinato de gari em Belo Horizonte após discussão de trânsito
Uma semana após o assassinato do gari Laudemir de Souza Fernandes, de 44 anos, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou que o empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, confessou ser o autor do crime. O homicídio ocorreu no dia 11 de agosto, durante uma discussão de trânsito, em Belo Horizonte.
A confissão foi feita nesta segunda-feira (18/08), durante interrogatório no Departamento Estadual de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Segundo a PCMG, Renê admitiu ter disparado contra a vítima utilizando a arma particular de sua esposa, que é delegada da instituição, mas alegou que ela não tinha conhecimento do uso do armamento, uma pistola calibre .380.
O empresário foi identificado após a divulgação de imagens do sistema de segurança do prédio onde mora, em Nova Lima, na Região Metropolitana de BH. As câmeras flagraram o momento em que ele guardava a arma usada no crime. Renê está preso desde o dia do ocorrido e aguarda a conclusão do inquérito.

Como aconteceu o crime
Laudemir trabalhava com uma equipe de coleta da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) na Rua Modestina de Souza, próximo à Avenida Tereza Cristina, por volta das 8h55. A motorista do caminhão de coleta, Eledias Aparecida Rodrigues, de 42 anos, encostou o veículo para dar passagem a uma fila de dez carros.
O último veículo da fila, um BYD cinza, conduzido por Renê, teria apresentado dificuldade para passar pelo espaço disponível. A motorista e um dos garis indicaram que a manobra era possível. Nesse momento, segundo relato de testemunhas, o empresário teria se irritado, sacado uma arma e ameaçado a motorista: “Se você esbarrar no meu carro, eu vou dar um tiro na sua cara, duvida?”, teria dito, de acordo com o boletim de ocorrência. Apesar das tentativas da equipe em acalmá-lo, o suspeito desceu do carro armado, deixou o carregador cair, o recolocou e atirou contra Laudemir.

Tentativa de socorro
Ferido no abdômen, o gari chegou a correr e foi amparado por colegas. Ele foi levado ao Hospital Santa Rita, em Contagem, mas não resistiu aos ferimentos.
Câmeras de segurança da região registraram a ação: o carro do suspeito aparece manobrando na rua, enquanto Laudemir é visto correndo ferido, até cair no chão e receber ajuda de outro trabalhador.

Arma do crime
Na sexta-feira (15/08), a PCMG confirmou que a arma utilizada para matar Laudemir pertence à esposa do suspeito, a delegada Ana Paula Balbino Nogueira. A perícia de microbalística atestou a compatibilidade após análise de duas munições, uma disparada e outra intacta, encontradas no local. Desde o crime, Ana Paula é investigada pela Corregedoria da PCMG, que apura possíveis desvios de conduta da servidora. A pistola, de uso particular, foi incluída no inquérito criminal em andamento na delegacia de homicídios, enquanto a arma funcional da corporação foi anexada ao processo administrativo.

Apesar da investigação, até o momento não há indícios de participação direta da delegada no homicídio. Por isso, ela não foi afastada e segue exercendo normalmente suas funções.

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Gazeta de Varginha

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