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Empresas mineiras recorrem mais à recuperação judicial em 2025; agronegócio sente impactos

  • gazetadevarginhasi
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Reprodução
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O número de empresas que recorreram à recuperação judicial em Minas Gerais aumentou significativamente ao longo de 2025, refletindo um cenário de dificuldades econômicas enfrentadas por empreendedores em diferentes regiões do estado. De janeiro a setembro deste ano, 1.032 empresas mineiras buscaram o instrumento legal de reestruturação financeira, um crescimento de 23% em relação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 792 solicitações. Os dados são do Monitor RGF de Recuperação Judicial, levantamento feito pela consultoria RGF, especializada em reestruturação de negócios.
Na comparação entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano, o aumento nos pedidos em Minas foi de 8%, acima da média nacional, que teve alta de 6,4%. No Brasil, 5.285 empresas entraram com pedido de recuperação judicial até o terceiro trimestre.
A elevação no número de processos acende um alerta para setores tradicionalmente resilientes, como o agronegócio mineiro. Nos últimos trimestres, segmentos como o da cafeicultura e o da soja passaram a figurar com mais frequência na lista de empresas que recorrem à Justiça para evitar a falência. Só no setor de café, passaram-se cinco trimestres sem registro de recuperações judiciais, mas a partir do terceiro trimestre de 2024 os primeiros sinais de crise reapareceram. De acordo com o especialista Hugo Cayuela, sócio da RGF, oito empresas ligadas à produção ou comercialização de café já haviam acionado o recurso até setembro deste ano.
A pressão também alcança os produtores de soja. Entre janeiro e setembro de 2025, ao menos seis empresas do setor recorreram à recuperação judicial. O cenário chama atenção especialmente em regiões do Sul de Minas, tradicionalmente ligadas à cafeicultura e que, em muitos casos, ainda sentem os efeitos de eventos climáticos passados e da volatilidade do mercado internacional. O presidente da Comissão de Falência e Recuperação da OAB-MG, Daniel Vilas Boas, lembra que muitos produtores de café ainda enfrentam consequências da quebra de safra de 2021, que teve efeitos devastadores e comprometeu o ciclo financeiro de várias empresas nos anos seguintes. "Foi uma crise que comprometeu o caixa e gerou efeitos prolongados, com empresas entrando em recuperação até hoje", afirma.

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