Estudo mostra que Covid-19 acelera envelhecimento dos vasos sanguíneos em até cinco anos
gazetadevarginhasi
25 de ago.
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Embora a pandemia de Covid-19 tenha ficado para trás, seus efeitos continuam a preocupar a comunidade médica. Um estudo internacional envolvendo 2.400 pessoas em 16 países, incluindo o Brasil, revelou que a infecção pelo coronavírus pode acelerar em até cinco anos o envelhecimento natural dos vasos sanguíneos.
Os vasos, responsáveis por transportar o sangue pelo corpo, tornam-se mais rígidos com a idade, aumentando o risco de doenças cardiovasculares como infarto e acidente vascular cerebral (AVC). A pesquisa mostrou que a Covid-19 antecipa esse processo, mesmo em pacientes que tiveram sintomas leves.
Casos como o de João França, comerciante que ficou dois meses internado pela doença, reforçam a gravidade do tema. Ele saiu do hospital em cadeira de rodas, emocionado ao reencontrar a família. Sua esposa, Zelina, que teve sintomas leves, também vê na descoberta um alerta: “Vou até marcar o vascular, porque a gente não sabe se ficou com sequela nas veias.”
De acordo com o cirurgião vascular Armando Lobato, os impactos são sérios, mas devem ser analisados com equilíbrio. “O enrijecimento da artéria pode levar a doenças isquêmicas e AVC, mas não é motivo para pânico. É um alerta para monitoramento”, explicou.
O estudo destacou que os efeitos foram mais intensos em mulheres e em pessoas que enfrentaram casos graves da doença. Por isso, especialistas recomendam manter os exames cardiológicos regulares, como o ultrassom Doppler, que avalia a rigidez arterial.
Mesmo com a fase mais crítica da pandemia superada, médicos reforçam que os impactos da Covid-19 no sistema cardiovascular ainda precisam de acompanhamento a longo prazo.
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