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Estudo revela que uso precoce de smartphones afeta saúde mental de jovens adultos

  • gazetadevarginhasi
  • 8 de set.
  • 2 min de leitura
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Uma pesquisa conduzida pelo Sapien Labs, organização sem fins lucrativos especializada em estudos sobre a mente humana, apontou uma relação preocupante entre o uso precoce de smartphones e o desenvolvimento de problemas de saúde mental na fase adulta. O estudo, que contou com mais de 100 mil participantes, foi publicado recentemente no periódico científico Journal of Human Development and Capabilities.
Os dados revelam que jovens que receberam seus primeiros smartphones aos 12 anos ou menos apresentam maior propensão a pensamentos suicidas, comportamentos agressivos e sentimentos de desconexão com a realidade. Para avaliar a saúde mental dos participantes, os pesquisadores utilizaram o Quociente de Saúde da Mente (MHQ), um índice específico criado para mensurar o bem-estar psicológico.
Segundo a neurocientista Tara Thiagarajan, fundadora do Sapien Labs e principal autora do estudo, a posse antecipada de celulares — e, por consequência, o acesso precoce às redes sociais — está associada a mudanças profundas no bem-estar mental dos jovens adultos. “Nossos dados indicam que essa exposição precoce está ligada a alterações significativas na saúde mental no início da vida adulta”, afirmou.
A pesquisa mostrou que a média de pontuação no MHQ entre os jovens que ganharam o celular aos 13 anos foi de 30. Em contrapartida, aqueles que receberam o aparelho aos cinco anos apresentaram pontuação média de apenas 1 — uma diferença alarmante. Além disso, o índice de jovens considerados em sofrimento mental aumentou 9,5% entre as mulheres e 7% entre os homens.
De acordo com os especialistas, essa correlação envolve múltiplos fatores, como o impacto das redes sociais, cyberbullying, distúrbios de sono e dificuldades nas relações familiares. Esses elementos, combinados, resultam em sintomas que frequentemente escapam das ferramentas tradicionais de rastreamento de saúde mental, pois não se enquadram nos padrões típicos de depressão ou ansiedade.
O impacto também se manifesta de forma diferente entre os gêneros. Para mulheres, o uso precoce de smartphones está relacionado à queda na autoestima, piora da autoimagem e menor resiliência emocional. Já entre os homens, os efeitos mais visíveis incluem perda de estabilidade emocional, redução da calma e empatia.
O estudo reacende o debate sobre os limites do uso da tecnologia por crianças e adolescentes, além de alertar pais, educadores e formuladores de políticas públicas sobre os riscos do acesso digital precoce e desregulado.

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Gazeta de Varginha

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