Facções criminosas anunciam aliança em Minas Gerais e aumentam tensão no estado
gazetadevarginhasi
há 1 hora
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Um documento que circulou na internet nesta quarta-feira (22) acendeu um alerta entre as forças de segurança de Minas Gerais.
A carta, assinada por quatro das principais facções criminosas em atividade no país — Primeiro Comando da Capital (PCC), Terceiro Comando Puro (TCP), Família Anjo Rebelde (Família A-R) e Tropa do Douglas ou Tropa da Doideira (TDD) — anuncia oficialmente uma aliança entre os grupos no território mineiro. O conteúdo foi obtido com exclusividade pela Rádio Itatiaia e já está sendo analisado por autoridades de inteligência.
No texto, as facções declaram que a união tem como objetivo “fortalecer ações conjuntas em prol do avanço e melhoria contínua de ambas”, sugerindo uma articulação mais coordenada para suas operações no estado.
O comunicado traz ainda a frase “Agora falamos com uma só voz, agimos com um só propósito e defendemos um só ideal: a força da união é de benefício a todos”, evidenciando a tentativa de construir uma frente unificada.
O principal temor, segundo fontes ligadas à segurança pública, é que a formação desse bloco seja interpretada como uma declaração de guerra contra o Comando Vermelho (CV), facção rival histórica das demais e que também mantém atuação significativa em Minas Gerais.
A ausência do CV na aliança pode acirrar disputas por território, especialmente nas regiões onde há sobreposição de interesses entre os grupos.
Ainda não há confirmação oficial por parte da Polícia Civil ou da Polícia Militar sobre a autenticidade do documento, mas fontes da área de segurança indicam que ele está sendo levado a sério e que investigações estão em curso.
A expectativa é de que o anúncio intensifique o monitoramento de regiões onde a presença dessas facções já é conhecida.
O cenário sinaliza uma possível escalada de violência, especialmente em áreas urbanas e nas divisas com outros estados. As autoridades já iniciaram articulações para reforçar o trabalho de inteligência e o patrulhamento em pontos estratégicos. A possível reorganização das facções em território mineiro ocorre num momento de fragilidade institucional em alguns municípios, o que pode favorecer a atuação de grupos criminosos organizados.