Fim da polêmica: CBF cancela camisa vermelha da seleção para Copa de 2026
gazetadevarginhasi
19 de ago.
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Reprodução
O presidente da CBF, Samir Xaud, confirmou que determinou a suspensão imediata da produção da camisa vermelha que seria lançada como segundo uniforme da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2026. Segundo ele, a decisão não teve motivação política, mas foi tomada para preservar o simbolismo das cores da bandeira nacional.
“Fui totalmente contra o vermelho, mas não por ideologia política, e sim pelo patriotismo que tenho pela bandeira. Estava em produção, fiz uma reunião de urgência com a Nike e pedi para parar. Não queria perder esse simbolismo histórico nosso. Basta olhar: no símbolo da CBF não tem vermelho. Não faria sentido criar uma camisa vermelha para a seleção”, afirmou Xaud em entrevista ao programa Seleção SporTV.
O dirigente reforçou que o episódio gerou interpretações equivocadas. “Foi um assunto delicado porque muita gente levou para o lado político. Eu não levei, levei para o lado das cores da bandeira. Acredito que azul, amarelo, verde e branco são as cores que devem ser seguidas. A Nike entendeu o pedido, atendeu e, logo na sequência, começou a produção do nosso segundo uniforme, azul, que está linda. Não houve despesa para a CBF. Eu simplesmente não gostei da camisa vermelha.”
A polêmica começou em abril, quando o site especializado Footy Headlines divulgou imagens do modelo vermelho que substituiria a tradicional camisa azul como segundo uniforme da seleção. A divulgação gerou forte repercussão, já que a cor não faz parte da bandeira do Brasil e acabou sendo associada ao cenário político atual — o vermelho é identificado com o PT, partido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enquanto o amarelo passou a ser usado como símbolo pelo bolsonarismo.
Na ocasião, a própria CBF divulgou um comunicado garantindo que “os padrões seriam mantidos”, citando as cores amarela e azul, e negando a oficialidade do modelo que havia circulado.
O projeto da camisa vermelha havia sido aprovado ainda na gestão de Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da CBF, afastado pela Justiça em maio. Samir Xaud foi eleito no fim do mesmo mês e rapidamente reviu a decisão.
“Algumas pessoas levam para o lado político, cada um tem sua posição, mas essas discussões não podem entrar em campo. Antes dessa polêmica, todos vestiam amarelo. O que queremos é resgatar o torcedor brasileiro pelo futebol, e não pela política”, completou o dirigente.
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