Gastos com cartão corporativo sob Lula superam Bolsonaro, sigilo é mantido
gazetadevarginhasi
6 de jan.
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Mesmo após prometer maior transparência e criticar o sigilo de 100 anos adotado por Jair Bolsonaro, o governo de Luiz Inácio Lula da Silva ampliou os gastos ocultos no cartão corporativo e manteve o uso de sigilos na mesma proporção. Dados obtidos pelo jornal O Globo mostram que, entre janeiro de 2023 e dezembro de 2024, 3.210 pedidos de acesso à informação foram negados sob a justificativa de conterem dados pessoais, um aumento de 8,4% em relação ao mesmo período da gestão Bolsonaro.
Sigilos e justificativas
Enquanto o governo Lula defende que o sigilo é necessário por razões de segurança, a Controladoria-Geral da União (CGU) identificou que parte do aumento nas negativas decorre de interpretações equivocadas. Um exemplo é o Inep, responsável por 702 negativas, devido a pedidos relacionados ao Enem. Medidas como a disponibilização automática de dados do exame a partir de setembro de 2024 devem reduzir futuras solicitações.
Outros casos de sigilo incluem a declaração de conflito de interesses do ministro Alexandre Silveira e informações sobre militares de serviço durante os ataques de 8 de janeiro de 2023. Apesar de prometer mudanças, o governo ainda trabalha em uma proposta para regulamentar a duração e aplicação do sigilo.
Proporção de negativas
Apesar do aumento absoluto, houve redução proporcional de negativas baseadas no sigilo de 100 anos: 16,5% no governo Lula contra 18,08% na gestão Bolsonaro. Ainda assim, a manutenção dessa prática é alvo de críticas, especialmente por contrastar com o discurso adotado por Lula durante a campanha de 2022.
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