Gilmar Mendes determina apuração de fraude em acordo da CBF, mas mantém Ednaldo Rodrigues no cargo

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quarta-feira (7) que o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ) apure com urgência supostas fraudes envolvendo o acordo que garantiu Ednaldo Rodrigues na presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). A decisão ocorre após denúncias sobre a possível falsidade na assinatura do coronel Nunes, um dos signatários do acordo.

Apesar da suspeita, Gilmar Mendes negou o afastamento de Ednaldo Rodrigues, mantendo-o no cargo. O pedido havia sido feito pelo vice-presidente da CBF, Fernando Sarney, que alegou irregularidades no processo que reconduziu Ednaldo ao comando da entidade esportiva.

A ação tem como pano de fundo a alegação de que o coronel Nunes, diagnosticado com ataxia e comprometimento cognitivo, não teria condições de assinar o documento que sustentou juridicamente o retorno de Ednaldo à presidência. Em 2024, Mendes havia homologado o acordo com base em documentos e procurações válidas.

O caso também chegou ao Senado. A Comissão de Esporte aprovou por unanimidade a convocação de Ednaldo Rodrigues para prestar esclarecimentos. O senador Eduardo Girão, autor do pedido, defende a criação de uma CPI da CBF para investigar a gestão atual, apontando indícios de favorecimento e conflito de interesses.

Em nota, a CBF reafirmou confiança na Justiça e classificou as denúncias como infundadas e orquestradas por opositores. A entidade declarou estar à disposição das autoridades e destacou o apoio recebido de todas as federações e clubes das Séries A e B.