Governo envia mensagens a 14 milhões de mulheres sobre retirada gratuita de absorventes pelo SUS

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Cerca de 14 milhões de meninas e mulheres receberam, na última semana, mensagens personalizadas pelo Gov.br e pelo WhatsApp com orientações sobre como retirar gratuitamente absorventes higiênicos pelo Sistema Único de Saúde (SUS). As comunicações fazem parte do Programa de Promoção e Proteção da Saúde e da Dignidade Menstrual, iniciativa do Ministério da Saúde voltada ao enfrentamento da pobreza menstrual no país.

O programa garante a distribuição contínua de absorventes para pessoas com idade entre 10 e 49 anos em situação de vulnerabilidade. Podem receber o benefício aquelas inscritas no CadÚnico com renda mensal de até R$ 218, estudantes da rede pública de baixa renda ou pessoas em situação de rua. Desde outubro, adolescentes entre 12 e 16 anos podem retirar o item sem a necessidade de acompanhamento de responsáveis.

Mensagens e orientações

A ação de envio das mensagens é resultado de parceria entre o Ministério da Gestão (MGI) e o Ministério da Saúde (MS). A ministra Esther Dweck destacou que o contato direto facilita o acesso de pessoas vulneráveis a cuidados essenciais. “No passado, essas pessoas poderiam deixar de estudar ou trabalhar por não ter acesso a absorventes, que agora é um direito delas”, afirmou.

Nas mensagens, o governo explica como emitir, na Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima, a autorização para retirada do produto em farmácias credenciadas ao Programa Farmácia Popular. A autorização, válida por 180 dias, também pode ser obtida pelo site e pelo aplicativo Meu SUS Digital, mediante login Gov.br.

Para retirar os absorventes, a beneficiária precisa apresentar um documento oficial com foto e a autorização — impressa ou pelo celular.

Dignidade menstrual e capacitação

Criado em 2024, o Programa Dignidade Menstrual já atendeu 3,7 milhões de pessoas, distribuindo 392 milhões de absorventes com investimento superior a R$ 195 milhões.

Profissionais das UBS — como médicos, enfermeiros, técnicos e agentes comunitários — também estão capacitados para identificar pessoas elegíveis e emitir diretamente a autorização nos sistemas internos do SUS.

O governo segue promovendo ações de educação em saúde menstrual para combater estigmas e desinformação, reforçando a busca por equidade de gênero, justiça social e garantia de direitos.

Fonte: AgBrasil