Governo Federal avança na construção de plano estratégico para o desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha

Divulgação - Grupo Interministerial define diretrizes para o futuro do Vale do Jequitinhonha com ações sociais e produtivas (Foto: Márcio Pinheiro/MIDR)

O Governo Federal deu mais um passo importante rumo ao desenvolvimento sustentável e inclusivo do Vale do Jequitinhonha, região historicamente marcada pela vulnerabilidade social no norte de Minas Gerais. Nesta sexta-feira (18), em Brasília, foi realizada uma reunião do Grupo de Trabalho Interministerial (GTI), responsável por construir a Agenda de Desenvolvimento para o território.

Coordenada pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), com apoio da Secretaria de Segurança Institucional da Presidência da República e do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), a iniciativa definiu quatro eixos estratégicos que nortearão as ações governamentais: coordenação da cadeia produtiva minerária; diversificação produtiva e acesso à terra; garantia de direitos dos povos e comunidades tradicionais; e infraestrutura e desenvolvimento social.

A proposta visa elaborar um plano articulado que valorize os potenciais econômicos, culturais e ambientais da região, com ações transversais envolvendo 21 ministérios e oito órgãos vinculados. Segundo João Mendes, diretor do MIDR, o foco é enfrentar o agravado quadro de vulnerabilidade social com soluções integradas. “A ideia é que os eixos definidos orientem a construção de uma agenda estratégica, que guiará a atuação federal e servirá de base para articulação com o Congresso”, explicou.

Com a maior reserva de lítio do Brasil, o Vale atrai grandes investimentos internacionais, especialmente em função da demanda por veículos elétricos. Apesar disso, o crescimento da atividade mineradora levanta preocupações sociais e ambientais. Mendes defendeu que os lucros sejam revertidos em oportunidades reais para a população: “Nosso esforço é garantir que esses empreendimentos tragam empregos e dinamizem os setores produtivos locais.”

A região já conta com projetos em andamento, como a Rota do Mel, que fortalece a apicultura e já garantiu a exportação de 20 toneladas de mel para a Bélgica neste ano, além do Programa Cidades Intermediadoras, que visa descentralizar o desenvolvimento urbano. A coordenadora-geral de Desenvolvimento Regional do MIDR, Lara Amorelli, destacou a importância da integração das políticas públicas: “Trabalhar em rede é essencial para fortalecer os territórios e garantir resultados concretos”.

Fonte: MIDR