Governo pede reforço na segurança da penitenciária federal de Brasília, onde está Marcola
gazetadevarginhasi
1 de jul.
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O Sistema Penitenciário Federal (SPF) solicitou ao Ministério da Justiça o reforço da segurança na Penitenciária Federal de Brasília, considerada a mais segura do país e que abriga nomes de alta periculosidade como Marcola, líder do Primeiro Comando da Capital (PCC), seu braço direito “Fuminho” e outros criminosos de perfil internacional, como o traficante Cabeça Branca e um membro da máfia italiana.
O pedido, enviado no mês passado, solicita a nomeação de novos policiais penais para suprir o déficit causado por aposentadorias, transferências para funções de inteligência e falta de reposição nos quadros da unidade. A solicitação foi encaminhada ao Ministério da Gestão e Inovação, que ainda aguarda autorização da Casa Civil para liberar as vagas.
Paralelamente, a Divisão de Segurança da Penitenciária de Brasília também formalizou um pedido próprio, destacando que a escassez de efetivo pode comprometer a segurança interna, especialmente diante da alta periculosidade dos detentos ali mantidos. Apesar disso, fontes do SPF afirmam que não há risco iminente na unidade e que os pedidos são procedimentos preventivos e rotineiros.
Ainda assim, agentes penitenciários ouvidos pela reportagem ressaltam a necessidade de ampliar o efetivo em todas as cinco penitenciárias federais do país — localizadas em Brasília, Mossoró (RN), Porto Velho, Catanduvas (PR) e Campo Grande — com atenção especial para a capital federal, em razão do perfil dos presos e dos riscos associados.
O clima de alerta também é reforçado pela lembrança da histórica fuga de dois detentos em Mossoró, ocorrida no início de 2024, que durou 51 dias e mobilizou forças federais em diversos estados.
Segundo o Ministério da Justiça, o pedido já foi encaminhado e a pasta aguarda sinal verde do Ministério da Gestão para avançar com as nomeações dos aprovados em concurso recente.
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