Irã lança mais de 100 drones contra Israel em retaliação por bombardeios a bases nucleares

Na madrugada desta sexta-feira (13), o Irã lançou mais de 100 drones contra Israel, em uma retaliação direta aos ataques israelenses realizados na noite anterior, que atingiram bases nucleares e resultaram na morte de três altos comandantes militares iranianos.

O porta-voz do exército israelense, Effie Deffrin, afirmou que "todos os sistemas de defesa estão agindo para interceptar as ameaças". O bombardeio inicial de Israel teria como alvo a infraestrutura nuclear do Irã, incluindo o centro de enriquecimento de urânio de Natanz, além de esconderijos de membros da alta cúpula militar.

Entre os mortos, estão:

• Mohammad Hossein Baqeri, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Irã

• Hossein Salami, comandante da Guarda Revolucionária

• Khatem-Gulam Ali Rashid, comandante do Comando de Emergência (Khatem al-Anbiya)

Os ataques israelenses teriam ocorrido após o fracasso nas negociações nucleares entre Irã e Estados Unidos, e diante da suspeita de que o país persa estaria próximo de desenvolver uma bomba nuclear.

O líder supremo do Irã, Ali Khamenei, já havia prometido vingança, dizendo que Israel “preparou um destino amargo” ao cometer o ataque. Em pronunciamento, ele acusou o regime sionista de “lançar mão perversa em um crime contra o Irã”.

Em meio à tensão, os Estados Unidos negaram envolvimento direto. O secretário de Estado norte-americano, Marco Rubio, declarou que Washington não prestou apoio à ofensiva. Porém, o presidente Donald Trump, em entrevista à Fox News, revelou que já sabia da intenção de Israel e reforçou que “o Irã não pode ter uma bomba nuclear”, deixando em aberto a possibilidade de novas negociações.

Diversos países — como Índia, Reino Unido, Turquia, Líbano e Arábia Saudita — condenaram os ataques e alertaram para o risco de um novo conflito regional em larga escala. O secretário-geral da ONU pediu moderação, pedindo que os países evitem agravar a situação.

A situação marca um novo e perigoso capítulo no confronto entre Irã e Israel, com potencial para desestabilizar todo o Oriente Médio.