Jovens lideram contratações no Minha Casa, Minha Vida e impulsionam programa
gazetadevarginhasi
21 de jul.
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Divulgação - Valéria da Silva, 24 anos, realizou o sonho da casa própria em Mossoró (RN). Crédito: Zack Stencil / Ministério das Cidades
Jovens lideram contratações do Minha Casa, Minha Vida entre 2020 e 2025.
Na contramão da ideia de que os jovens não se interessam pela casa própria, brasileiros com idade entre 18 e 30 anos vêm se consolidando como protagonistas do programa habitacional mais popular do país. De acordo com o Ministério das Cidades, entre 2020 e 2025, mais de 1,2 milhão de contratos do Minha Casa, Minha Vida (MCMV) foram firmados por pessoas dessa faixa etária, o que representa 51% de todos os financiamentos habitacionais com recursos do FGTS no período.
A tendência também é confirmada pelo setor privado. A MRV&CO, uma das maiores construtoras do país, registrou um salto expressivo na participação de jovens em seus contratos vinculados ao programa: de 28,5% em 2020 para 61,4% até maio de 2025 — um crescimento de 43,9%. A empresa é fortemente voltada para o MCMV, com 95% de sua carteira atrelada ao programa.
Desde sua retomada em 2023, o Minha Casa, Minha Vida passou por diversas reformulações que ampliaram seu apelo entre os brasileiros. Entre as mudanças estão a exigência de terrenos bem localizados, inclusão de varandas e bibliotecas nos projetos, além de condições facilitadas de financiamento, como juros mais baixos que os do mercado e prioridade para famílias chefiadas por mulheres. Outro destaque é o Desconto MCMV, que permite abater até R$ 55 mil no valor de entrada do imóvel.
A criação da modalidade MCMV Cidades também reforçou o programa, ao permitir que prefeituras e parlamentares façam aportes complementares para viabilizar moradias. Como resultado, 1,5 milhão de unidades habitacionais foram contratadas entre 2023 e 2025, com a meta de alcançar mais de 2,5 milhões até 2026 — consolidando o programa como a maior política habitacional da história do país.
Para o secretário nacional de Habitação, Augusto Rabelo, o protagonismo dos jovens reflete a força da política pública. “O interesse dos mais novos em conquistar a casa própria mostra que o programa oferece condições reais para todas as faixas etárias. Vamos continuar trabalhando para ampliar esse acesso”, afirmou.
Nova faixa atende à classe média
Desde abril de 2025, o programa passou a contar com uma nova vertente: o Minha Casa, Minha Vida: Classe Média, voltado para famílias com renda entre R$ 8,6 mil e R$ 12 mil. Financiada pelo Fundo Social, a modalidade já contabiliza mais de 560 mil simulações no site da Caixa Econômica Federal e conta com 12 mil contratos em andamento. A meta é entregar 120 mil unidades habitacionais.
“O interesse tem sido expressivo. Em cerca de 40 dias, já atingimos 10% da meta”, destacou o diretor executivo de Habitação da Caixa, Roberto Carlos Ceratto.
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