Levantamento do TCE revela que mais de 300 cidades mineiras não destinam recursos à saúde mental
gazetadevarginhasi
há 8 minutos
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Um levantamento do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCE-MG) revelou um dado alarmante: 305 municípios mineiros não destinaram qualquer recurso específico para ações de prevenção e tratamento de transtornos psiquiátricos ao longo do ano de 2023.
O estudo expôs desigualdades regionais e a falta de políticas públicas voltadas à saúde mental. Entre os dados, destaca-se Belo Horizonte, que lidera em valores absolutos, com R$ 27 milhões aplicados, mas cai para a 20ª posição no ranking per capita, ao considerar o número de habitantes.
Em contraste, Bocaiúva, no Norte do estado, investiu apenas R$ 2,6 mil no ano — o equivalente a R$ 0,04 por habitante, um dos menores valores registrados. Regiões do Norte e Leste de Minas concentram os repasses mais baixos, segundo o relatório.
Por outro lado, Barbacena, no Campo das Vertentes, lidera o ranking per capita, com R$ 70,90 investidos por morador. Em seguida aparecem São João del Rei (Zona da Mata), Curvelo (região Central) e Muriaé (também na Zona da Mata).
De acordo com a auditora do TCE-MG, Tatiane Shinzato, a ausência de investimento específico revela uma falha na priorização da saúde mental pelas gestões locais. “É preocupante não haver políticas públicas voltadas especificamente para essa questão. O relatório tem como objetivo subsidiar os gestores para aplicação mais eficiente dos recursos, de acordo com as demandas de cada microrregião — levando em conta dados como taxas de suicídio, ausência de CAPS, e falta de profissionais especializados”, afirmou.