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Lula ameaça tomar medidas mais drásticas se não identificar causa para alta nos preços dos alimentos

  • gazetadevarginhasi
  • 7 de mar.
  • 2 min de leitura
Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta sexta-feira (7 de março), que tomará medidas mais drásticas caso não consiga identificar uma justificativa para o aumento nos preços dos alimentos. Durante sua visita ao assentamento Quilombo Campo Grande, em Campo do Meio, no sul de Minas Gerais, Lula comentou sobre o alto custo de produtos como ovos, café e milho, e afirmou que a situação está "saindo do controle". "Uns dizem que é o calor, outros que é a exportação", disse o presidente, referindo-se ao aumento no preço dos ovos.

Lula destacou que o governo não busca criar conflitos, mas está empenhado em entender a situação. "Estamos tentando entender o que está acontecendo, mas se não conseguirmos, teremos que adotar medidas mais drásticas", declarou. Ele também mencionou a possível atuação de intermediários entre produtores e supermercados, ressaltando a presença de "atravessadores" que estariam contribuindo para a elevação dos preços.

O presidente afirmou que o objetivo do governo é garantir alimentos acessíveis para a população, ao mesmo tempo em que se assegura um preço justo para os produtores. "Não queremos que o produtor tenha prejuízo, mas também que o povo brasileiro possa consumir alimentos a preços mais baixos", afirmou. Ele acrescentou que o esforço para resolver a situação inclui a busca por soluções que proporcionem alimentação de qualidade e saudável, como alimentos orgânicos.

Durante o evento, Lula assinou decretos que beneficiam sete áreas para a reforma agrária, com investimentos de R$ 189 milhões, abrangendo um total de 13.307 hectares. O projeto atenderá 800 famílias em Minas Gerais, além de áreas em outros estados, como Pará, São Paulo, Paraná e Cruz Alta. O governo também anunciou a entrega de 12.297 lotes para famílias de assentamentos em 24 estados, totalizando 385 mil hectares. A proposta também inclui R$ 1,6 bilhão em crédito de instalação para 2025, com foco em moradias e apoio à reforma agrária.

Apesar da presença de ministros e lideranças do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra), o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, não compareceu ao evento. Durante a cerimônia, o presidente também pediu ao ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que anunciasse a construção de um dique para ajudar a controlar a infestação de pernilongos na cidade de Campo do Meio, além de um projeto para construir 85 casas.

O MST, em tom mais conciliatório, cobrou ações do governo, mas também reconheceu os avanços no setor. A representante nacional da entidade, Ceres Hadish, disse que o movimento sempre esteve ao lado do povo brasileiro e continuaria trabalhando por mais conquistas. Já o coordenador do MST em Minas, Sílvio Netto, pediu ao governo que inspire-se nos agricultores do Quilombo Campo Grande para assentar mais 80 mil famílias de trabalhadores rurais.

Durante o evento, o advogado-geral da União, Jorge Messias, anunciou que o governo federal oferecerá assistência jurídica aos agricultores do MST em questões judiciais, conforme pedido de Lula.

O acampamento visitado pelo presidente é emblemático para o MST, pois, desde sua criação em 1998, a área foi alvo de tentativas de reintegração de posse, especialmente após o fechamento da Usina Ariadnópolis de Açúcar e Álcool, que ocorreu em 1996. O Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu ações de despejo durante a pandemia de Covid-19, mas as tentativas de reintegração continuam até hoje.

Fonte:O tempo

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Gazeta de Varginha

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