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Megaoperação contra o Comando Vermelho no Rio vazou horas antes do início, e policiais sabiam do alerta antecipado

  • gazetadevarginhasi
  • 30 de out.
  • 2 min de leitura

fonte: o tempo
fonte: o tempo
As forças de segurança do Rio de Janeiro tinham conhecimento de que a megaoperação realizada na terça-feira (28) contra o Comando Vermelho (CV) havia vazado cerca de quatro horas antes do início da incursão nos complexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio. Um documento obtido pela Folha de S.Paulo mostra que o confronto entre policiais e criminosos começou ainda de madrugada, antes da mobilização oficial das equipes.
Por volta da 1h da manhã, cerca de 20 homens em motocicletas trocaram tiros com policiais militares em um dos acessos aos complexos. Dois deles morreram posteriormente no hospital. No registro de ocorrência, os agentes afirmaram que os baleados se identificaram como chefes do Comando Vermelho no Espírito Santo e disseram que fugiam da área por saberem da operação iminente.
De acordo com o relato policial, a equipe fazia patrulhamento de rotina na estrada Ademar Bibiano, em Del Castilho, quando avistou o grupo armado deixando o Alemão. Os criminosos atiraram contra os PMs nas proximidades da estação Bonsucesso da SuperVia, e os agentes responderam com 25 disparos de fuzil. Após o confronto, dois suspeitos foram encontrados feridos, portando um fuzil Taurus T4 calibre 5.56, uma pistola Glock 9 mm e três granadas caseiras.
Os dois homens foram socorridos, mas morreram no Hospital Salgado Filho. Segundo o boletim policial, eles “disseram ser lideranças da facção Comando Vermelho no Espírito Santo e que estavam saindo do Alemão por conta da informação vazada de que haveria operação nas comunidades”.
Mesmo após o alerta, a operação foi mantida e iniciada às 6h, com a participação de 2.500 policiais. A ação — batizada de Operação Contenção — resultou em 121 mortos, tornando-se a mais letal da história do estado.
Inicialmente, o governo do Rio, comandado por Cláudio Castro (PL), divulgou que o número de mortos era 64, mas moradores começaram a retirar dezenas de corpos de áreas de mata na Penha. À tarde, o governo revisou o número para 119 mortos, sendo 4 policiais. Posteriormente, o balanço oficial foi atualizado para 121 óbitos.
A Secretaria de Estado de Segurança Pública foi procurada pela imprensa, mas não respondeu até a publicação da matéria.

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Gazeta de Varginha

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