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Montes Claros pode se tornar polo de energia limpa com cultivo de macaúba

  • gazetadevarginhasi
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura

Montes Claros pode se tornar polo de energia limpa com cultivo de macaúba
Divulgação

Macaúba ganha força como alternativa sustentável para o biodiesel.

A macaúba, palmeira nativa do Brasil, vem se consolidando como uma das principais alternativas para a produção sustentável de biodiesel. No estado de São Paulo, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio da CATI e da CATI Sementes e Mudas, vem incentivando o cultivo da espécie com ações técnicas e apoio direto aos produtores.

A planta possui alto valor econômico e ambiental, sendo capaz de se desenvolver em solos degradados ou em recuperação. Além de oferecer renda para agricultores, o cultivo da macaúba colabora para a preservação do solo, a captura de carbono e a reabilitação de áreas improdutivas, se destacando na agenda da agricultura sustentável.

No campo da pesquisa, o Instituto Agronômico de Campinas (IAC) lidera estudos genéticos com a planta e deve lançar em breve a primeira cultivar comercial de alta produtividade. Clones desenvolvidos pelo instituto podem produzir até 5 mil litros de óleo por hectare, superando amplamente a média da soja, principal base atual do biodiesel no país.

Enquanto a soja gera em torno de 500 litros de óleo por hectare, a macaúba pode render até 2.500 litros nas mesmas condições, o que reduz a necessidade de uso extensivo da terra e favorece uma matriz mais sustentável. A nova "Lei do Combustível do Futuro" reforça essa tendência, ao ampliar metas para o uso de biodiesel e biocombustíveis no Brasil.

A norma inclui programas para o diesel verde, biocombustíveis de aviação e biometano, além de estabelecer percentuais de mistura obrigatória com gasolina e diesel. A medida deve aumentar a viabilidade econômica da macaúba e estimular a produção por pequenos e médios produtores rurais no país.

Na audiência da Comissão de Minas e Energia da ALMG, nesta segunda (12), foi anunciada a criação de um centro de pesquisa no Norte de Minas para explorar o uso da macaúba. O projeto tem ligação com Montes Claros e Salvador, onde já há uma refinaria de biodiesel em operação.

Durante o encontro, lideranças políticas da região destacaram o potencial da planta. O prefeito de Montes Claros, Guilherme Augusto Guimarães de Oliveira, celebrou a escolha da cidade como sede da nova unidade: “O poder hoje no mundo está na produção de energia e Montes Claros, que já é um importante polo farmacêutico da América Latina, quer ser a Arábia Saudita da energia sustentável”.

A audiência contou também com representantes de universidades, entidades de produtores e trabalhadores rurais, além de órgãos de fomento como a InvestMinas. O diretor de atração de investimentos da agência, Ronaldo Alexandre Barquette, ressaltou o impacto do projeto na economia local e geração de empregos em diferentes níveis de qualificação.
Fonte: ALMG

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Gazeta de Varginha

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