MPMG bloqueia R$ 4,3 milhões e prende suspeitos em megaoperação no interior de Minas
gazetadevarginhasi
há 1 hora
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Ações simultâneas cumprem mandados de prisão e busca em Uberaba e Perdizes nas operações Fora de Sintonia, Submundo e Narcocárcere.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na manhã desta segunda-feira (10/11) três operações simultâneas no Triângulo Mineiro. As ações — denominadas “Fora de Sintonia”, “Submundo” e “Narcocárcere” — têm como objetivo desarticular organizações criminosas envolvidas em tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e atuação dentro e fora do sistema prisional.
Ao todo, foram cumpridos 14 mandados de prisão preventiva e nove mandados de busca e apreensão nos municípios de Uberaba e Perdizes, com o apoio das Polícias Penal e Militar de Minas Gerais.
Operação Fora de Sintonia – fase 3
O foco desta fase é atingir diretamente a estrutura de comando de uma organização criminosa com atuação no interior mineiro. Segundo o MPMG, a ação prevê o bloqueio de R$ 1 milhão e a prisão de dez suspeitos, além de quatro mandados de busca e apreensão.
As investigações começaram em 2023, após apreensões feitas na Penitenciária Professor Aluízio Ignácio de Oliveira (PPAIO), em Uberaba. A organização criminosa mantinha operações coordenadas entre detentos e comparsas em liberdade, com base em ordens transmitidas a partir do cárcere.
As medidas judiciais foram expedidas pela Vara Única de Campina Verde. O material apreendido será encaminhado ao MPMG para análise.
Operação Submundo – fase 2
A operação “Submundo” tem como alvo membros de facções de alta periculosidade, incluindo um estrangeiro colombiano. De acordo com o Gaeco, foram cumpridos dois mandados de prisão e um de busca e apreensão em Uberaba, além do bloqueio de R$ 3 milhões em contas vinculadas ao grupo.
As investigações começaram em julho de 2024, quando o Gaeco descobriu um imóvel usado por criminosos ligados a homicídios em Bom Despacho e a uma rede transnacional de tráfico de drogas.
Operação Narcocárcere
Resultado de uma investigação iniciada após a apreensão de um celular em abril de 2024, a “Narcocárcere” revelou um esquema sofisticado de tráfico de drogas e lavagem de dinheiro dentro do sistema prisional.
Foram cumpridos dois mandados de prisão, contra um detento da PPAIO e sua companheira, residente em Araxá, além de quatro mandados de busca e apreensão em Uberaba e Araxá. A Justiça também determinou o bloqueio de R$ 300 mil em contas ligadas aos suspeitos.
Ações integradas
As três operações contaram com o apoio da 5ª Região de Polícia Militar, incluindo o 4º, 37º e 67º Batalhões, e da Polícia Penal, por meio do Departamento Penitenciário de Minas Gerais (Depen-MG), da Superintendência de Informação e Inteligência e das 5ª e 11ª Diretorias Regionais de Polícia Penal, além do Grupo de Operações com Cães da PPAIO.