MPMG pede indenizacao e denuncia empresario por morte em BH
gazetadevarginhasi
há 17 minutos
2 min de leitura
Divulgação
MPMG denuncia empresario por homicidio triplamente qualificado contra gari em Belo Horizonte.
O Ministerio Publico de Minas Gerais (MPMG) denunciou um empresario de 47 anos pelos crimes de homicidio triplamente qualificado, porte ilegal de arma de fogo, ameaca e fraude processual. O caso ocorreu em 11 de agosto, no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, quando o trabalhador da limpeza urbana Laudemir de Souza Fernandes foi morto durante o exercicio de suas funcoes.
Segundo a denuncia, o acusado disparou uma pistola calibre .380 contra a vitima apos se irritar com a breve retencao do transito causada pela coleta de lixo. O disparo atingiu o abdomen de Laudemir, que nao resistiu. Testemunhas relataram que, pouco antes, o empresario ja havia ameaçado atirar contra a motorista do caminhao de coleta.
De acordo com o promotor de Justica Claudio Barros, coordenador Estadual das Promotorias de Justica do Tribunal do Juri, o crime foi cometido por motivo futil, em plena luz do dia, em via publica movimentada. Para o MPMG, a prisao preventiva e necessaria diante da gravidade dos fatos e do risco de o acusado interferir na instrucao criminal.
O Ministerio Publico destacou ainda tentativas de obstrucao, como a orientacao dada pelo empresario a sua esposa, delegada da Policia Civil, para entregar apenas uma das armas registradas em seu nome, omitindo a que teria sido usada no homicidio. Alem disso, o acusado teria apresentado versoes contraditorias.
A delegada tambem foi indiciada por supostamente permitir o porte irregular de sua arma pelo marido e por prevaricacao. Para esse caso, o MPMG solicitou o desmembramento processual e a avaliacao da possibilidade de um Acordo de Nao Persecução Penal (ANPP), ja que os delitos atribuidos a ela nao envolvem violencia ou grave ameaca e possuem pena minima inferior a quatro anos.
Na denuncia, o MPMG ainda requereu a fixacao de indenizacao minima de R$ 150 mil em favor da familia da vitima, sem prejuizo de que sejam pleiteados valores maiores na esfera civel, conforme a extensao dos danos morais e materiais.
O processo segue agora para o I Tribunal do Juri da Comarca de Belo Horizonte, que decidira sobre o recebimento da denuncia e o futuro julgamento do empresario.