Navegação de pacientes melhora adesão ao tratamento e fortalece o cuidado no Hospital Eduardo de Menezes

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A navegação de pacientes no Hospital Eduardo de Menezes (HEM), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), tem apresentado resultados significativos ao aprimorar a experiência do usuário, fortalecer a adesão aos tratamentos e reduzir os riscos de abandono, contribuindo diretamente para melhores resultados em saúde e para a prevenção de agravos.

Implantado há pouco mais de um ano, o programa oferece apoio estruturado a pacientes que enfrentam tratamentos mais complexos. Um profissional da unidade, conhecido como navegador, acompanha o paciente por um período que pode variar de três a nove meses, auxiliando na identificação e superação de barreiras socioeconômicas, logísticas, emocionais, de comunicação ou outras que possam dificultar o cuidado contínuo.

De acordo com a enfermeira Edilamar Silva de Alecrin, do Ambulatório do HEM, a navegação organiza o percurso do usuário dentro da rede de atenção e garante um ponto de apoio permanente. Ao final de cada atendimento, é elaborado um Plano de Navegação, que reúne, de forma clara, todas as ações necessárias até o próximo retorno médico. Além de melhorar a adesão ao acompanhamento, a iniciativa contribui para a redução da transmissão de doenças infectocontagiosas e para a promoção da saúde coletiva.

O programa também fortalece a atuação da equipe multiprofissional, ao integrar informações e alinhar processos assistenciais e administrativos. Antes da implantação, as orientações eram repassadas de forma fragmentada, o que dificultava a compreensão dos pacientes e comprometia a continuidade do tratamento.

Atualmente, a navegação de pacientes atende grupos prioritários, como pessoas com hanseníase, pacientes vivendo com HIV/Aids, gestantes com doenças infecciosas, população em situação de rua, pacientes com tuberculose em abandono de tratamento e pessoas com risco de reinternação não programada.

Paciente do HEM há quatro anos, Rogério (nome fictício), morador de Jordânia, no interior de Minas Gerais, percorre cerca de 820 quilômetros para realizar o acompanhamento da hanseníase. Ele relata que o suporte oferecido pelo programa tem sido essencial para compreender melhor o tratamento e manter a regularidade do cuidado.

Na Fhemig, o Hospital Alberto Cavalcanti foi a primeira unidade a implantar a navegação de pacientes, em abril de 2023. Em seguida, a Maternidade Odete Valadares também adotou o programa, no primeiro trimestre de 2024, ampliando o alcance da estratégia na rede estadual de saúde.

Fonte: Agência Minas