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Nove em cada dez mulheres já sofreram violência ao se deslocar à noite, aponta pesquisa

  • gazetadevarginhasi
  • há 32 minutos
  • 2 min de leitura
Nove em cada dez mulheres já sofreram violência ao se deslocar à noite, aponta pesquisa
Divulgação
Nove em cada dez brasileiras já sofreram algum tipo de violência ao se deslocar à noite para atividades de lazer. A maioria dos casos envolve agressões de cunho sexual, como cantadas insistentes, importunação e assédio. Para 10% das mulheres, as saídas noturnas resultaram em estupro — índice que dobra entre mulheres LGBTQIA+.

Os dados fazem parte de um relatório do Instituto Patrícia Galvão, em parceria com o Locomotiva e apoio da Uber. O estudo revela que o medo de 98% das mulheres que circulam no período noturno é justificado: fatores como raça, orientação sexual e idade ampliam significativamente o risco de violência.

Mulheres negras são mais vitimadas
Segundo a pesquisa, mulheres pretas são proporcionalmente mais atingidas em todos os tipos de violência relatados — assédio, agressões físicas, estupros e racismo. Entre jovens de 18 a 34 anos, 78% já receberam olhares insistentes ou flertes indesejados, acima da média geral de 72%.

Outras formas de violência
Além das agressões sexuais, 34% das entrevistadas já foram vítimas de assalto, furto ou sequestro relâmpago. Quase um quarto (24%) relatou ter sofrido discriminação por motivos diversos, proporção que sobe para 48% entre mulheres LGBTQIA+.

Locais e meios de transporte mais vulneráveis
As mulheres se sentem mais expostas quando se deslocam:
  • A pé (73%)
  • De ônibus (53%)

O risco é menor, mas ainda presente, em meios como carro particular ou aplicativo (18%), metrô (16%), trem (13%), bicicleta (11%), moto por app (10%) e táxi (9%).
A segurança é o principal critério para escolha do transporte (58%), seguido de conforto (12%) e praticidade (10%).

Insegurança altera hábitos
O sentimento de risco faz com que 63% das mulheres já tenham desistido de sair de casa à noite — porcentagem que chega a 66% entre mulheres negras.Além disso, 42% presenciaram violências contra outras mulheres; 54% prestaram auxílio.

Entre as vítimas, 58% foram acolhidas por alguém, e 53% decidiram voltar para casa após o episódio. Apenas 17% procuraram a polícia, e uma minoria recorreu à Central de Atendimento à Mulher.
Estratégias para evitar a violência

Para tentar reduzir a vulnerabilidade, as mulheres adotam comportamentos como:
  • Avisar alguém de confiança sobre onde estão (91%)
  • Evitar locais desertos ou escuros (89%)
  • Buscar companhia para os trajetos (89%)
  • Evitar certos tipos de roupas ou acessórios (78%)
  • Levar peças extras para cobrir o corpo (58%)

O levantamento ouviu 1.200 mulheres, entre 18 e 59 anos, em setembro deste ano.
Fonte: AgBrasil

Gazeta de Varginha

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