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Opinião com Luiz Fernando Alfredo - 06/12/2025

  • gazetadevarginhasi
  • hĆ” 12 minutos
  • 2 min de leitura
Por Luiz Fernando Alfredo
Por Luiz Fernando Alfredo

AtƩ para ser ateu precisamos de fƩ


A história do Ɖden nĆ£o Ć© um conto para crianƧas. Ela descreve de forma dura quem somos e por que somos responsĆ”veis pelos nossos atos. Deus cria seres humanos realmente livres, coloca abundĆ¢ncia Ć  disposição e estabelece um Ćŗnico limite. Sem limite, nĆ£o existe escolha; sem escolha, nĆ£o existe responsabilidade; sem responsabilidade, nĆ£o existe moral. Mas se Deus sabia que o ser humano cairia, por que criar assim?
Sem recorrer ao ā€œmistĆ©rioā€ ou frases vagas, existem duas respostas claras: Liberdade verdadeira sempre envolve risco. Se Deus quisesse seres incapazes de errar, teria criado mĆ”quinas — nĆ£o pessoas morais.
Amor e obediĆŖncia só sĆ£o reais quando podem ser recusados. A possibilidade de desobediĆŖncia faz parte do preƧo de permitir amor verdadeiro. Esses dois pontos mostram que Deus aceita um ā€œcusto moralā€ para que exista liberdade real.
E a punição? As consequĆŖncias narradas (dor, morte, trabalho pesado, conflitos) nĆ£o sĆ£o vinganƧa gratuita. No próprio texto jĆ” aparece uma promessa de restauração — a ideia de que o mal nĆ£o terĆ” a Ćŗltima palavra. E por que os descendentes sofrem tambĆ©m? A lógica bĆ­blica nĆ£o Ć© individualista; Ć© coletiva. Assim como herdamos cultura, genĆ©tica e consequĆŖncias das escolhas humanas anteriores, a BĆ­blia fala em humanidade ā€œem AdĆ£oā€ e ā€œem Cristoā€. Ou seja, o problema Ć© coletivo e a solução tambĆ©m Ć©. O que isso significa hoje? A história do Ɖden nĆ£o explica cada dor do mundo, nem justifica injustiƧas atuais. Pelo contrĆ”rio: ela nos cobra ação.
Nos lembra que: liberdade tem consequência, - sofrimento pede responsabilidade, - fé verdadeira exige transformação social. A mensagem central é simples: somos livres, somos responsÔveis e somos chamados a reparar o que foi quebrado.
E assim pode ser...

Luiz Fernando Alfredo


Gazeta de Varginha

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