PCMG desarticula quadrilha com 100 vítimas e esquema de financiamento fraudulento
gazetadevarginhasi
há 24 horas
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Divulgação
PCMG desarticula esquema de fraudes bancárias com alvos em Minas e São Paulo e bloqueio de R$ 5 milhões.
A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nesta quinta-feira (22/5), a segunda fase da operação Ouro de Tolo, que visa desarticular uma organização criminosa responsável por fraudes bancárias, estelionato, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro. A ofensiva teve alvos em municípios da Zona da Mata mineira e em cidades do estado de São Paulo.
Durante a ação, foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em instituições financeiras, lojas de revenda de veículos e nas residências dos investigados. As diligências ocorreram em Juiz de Fora e Matias Barbosa (MG), além de Mogi das Cruzes e Ferraz de Vasconcelos (SP). A operação contou com apoio do Grupo de Operações Especiais (GOE) da Polícia Civil paulista.
Quatro pessoas foram levadas à 5ª Delegacia da PCMG em Juiz de Fora para prestar esclarecimentos. Também foram apreendidos grande quantidade de dinheiro em espécie, cartões bancários, notebooks, celulares, documentos, simulacros de armas de fogo, além de 15 veículos e duas motocicletas. Os aparelhos eletrônicos serão periciados.
A Justiça determinou o bloqueio de contas bancárias de investigados, pessoas físicas e jurídicas, no valor de até R$ 5 milhões, como medida para garantir ressarcimento às vítimas e ao sistema bancário. Entre outras medidas cautelares, estão proibidos o contato entre vítimas e investigados, além da aproximação às residências das vítimas em raio inferior a 500 metros.
As investigações identificaram três núcleos de atuação: um responsável por fraudes bancárias com auxílio de funcionários de uma instituição financeira; outro que aplicava golpes com financiamentos fraudulentos em nome das vítimas, envolvendo revendedores de veículos; e o terceiro, voltado à inserção de dados falsos em sistemas bancários.
Cerca de 100 vítimas já foram identificadas, a maioria composta por idosos e pessoas com deficiência. Ao todo, seis suspeitos foram formalmente indiciados.
A delegada Bianca Mondaini, responsável pelo inquérito, reforça o alerta à população, especialmente a aposentados e pensionistas: “Identificamos casos em que contas foram transferidas sem o consentimento dos beneficiários, redirecionando seus recursos a instituições controladas pelos criminosos”, afirmou. Ela orienta que qualquer pessoa com suspeita de ter sido lesada procure a 5ª Delegacia da PCMG em Juiz de Fora.
A investigação também revelou que os suspeitos abordavam vítimas com menor grau de instrução, oferecendo promessas de vantagens financeiras. Com o consentimento delas, gravavam vídeos para reconhecimento facial, viabilizando a abertura de contas e contratação de empréstimos indevidamente.
A primeira fase da operação ocorreu em novembro de 2024 e atingiu 12 vítimas, com prejuízo estimado em R$ 5 milhões. Entre os alvos estavam 11 idosos e uma pessoa com transtorno mental. À época, seis suspeitos com idades entre 30 e 47 anos foram indiciados.
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