PCMG desmantela esquema de falsificação de atestados médicos
gazetadevarginhasi
1 de nov.
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Divulgação
Com o objetivo de desarticular uma organização criminosa voltada à falsificação e comercialização de atestados médicos falsos, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) deflagrou, nessa quinta-feira (30/10), a operação Veracidade. A ação foi realizada em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e resultou na prisão em flagrante de uma agente de saúde municipal, de 42 anos, surpreendida no momento em que entregava documentos falsos a uma pessoa.
Durante o interrogatório, a suspeita confessou o crime, relatando que produzia e vendia atestados falsos com base em carimbos adulterados e dados de médicos obtidos na internet, além de utilizar receituários legítimos como modelo. Os pedidos eram feitos por meio de aplicativos de mensagens.
Apreensões
Na residência da investigada, os policiais encontraram cinco carimbos com nomes e CRMs de médicos, 173 atestados preenchidos, 28 em branco, 43 receituários, 31 declarações de comparecimento, oito guias de exames, um relatório médico e um aviso de alta.
A mulher foi autuada em flagrante pelos crimes de falsificação de documentos públicos e particulares. Todo o material apreendido foi encaminhado ao Instituto de Criminalística da PCMG para perícia grafotécnica e documentoscópica.
Esquema fraudulento
As investigações conduzidas pela Divisão Especializada de Combate à Corrupção, Investigação a Fraudes e Crimes Contra a Ordem Tributária apontam a existência de um esquema estruturado e contínuo de falsificação de documentos médicos. O grupo utilizava timbres da Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão das Neves e nomes de médicos reais, sem o consentimento dos profissionais.
Os atestados falsos eram direcionados principalmente a servidores públicos estaduais, que usavam os documentos para justificar faltas indevidas ao trabalho. Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos ultrapasse R$ 1 milhão, decorrente de afastamentos remunerados obtidos de forma fraudulenta.
Ação integrada
A operação foi coordenada pelo Departamento Estadual de Combate à Corrupção e a Fraudes (Deccof) e contou com o apoio da Agência Central de Inteligência da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (AGCI/Sejusp), do Gabinete de Segurança e Inteligência do Ministério Público de Minas Gerais (GSI/MPMG) e da Superintendência de Informação e Inteligência da Polícia Penal de Minas Gerais (SIIPP).
As investigações continuam para identificar outros envolvidos e beneficiários do esquema.
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