PERIGO VIRTUAL: Vírus “Maverick” assume WhatsApp Web e rouba dados bancários
- gazetadevarginhasi
- 17 de out.
- 2 min de leitura

Um novo vírus, chamado Maverick, tem se espalhado pelo WhatsApp Web desde setembro e já afetou dezenas de bancos brasileiros e corretoras de criptomoedas. O malware captura senhas e outras credenciais de acesso usando uma tela falsa que engana os usuários. A descoberta foi feita por empresas de cibersegurança como Kaspersky e Sophos.
O ataque começa quando a vítima baixa um arquivo compactado em “.zip”, que contém um atalho em “.lnk”. Ao abrir o arquivo, o vírus assume o controle do navegador, acessa o WhatsApp Web e envia o arquivo a todos os contatos da vítima, ampliando a propagação.
O malware foi desenvolvido com comentários em português brasileiro e compartilha trechos do código de outro vírus nacional, o Coyote, identificado em 2024. Diferentemente do Maverick, o Coyote tinha capacidade de operar internacionalmente e mirava mais de 60 bancos. Especialistas acreditam que ambos os programas podem ter sido criados pelo mesmo grupo criminoso ou afiliados.
Foco em computadores brasileiros
O vírus não afeta celulares e foi programado para funcionar apenas em computadores no Brasil, reconhecendo o teclado com a letra “ç” e o formato de data local. A mensagem enviada pelo malware alerta falsamente:"Visualização permitida somente em computadores."
O Maverick já causou mais de 60 mil infecções, segundo a Kaspersky, e continua se espalhando mesmo após as atualizações de antivírus das empresas de segurança. A recomendação é que usuários deletem qualquer arquivo suspeito imediatamente.
Ao visitar sites de bancos, o malware congela a tela do computador e exibe uma mensagem falsa solicitando credenciais, permitindo que os criminosos capturem dados sem precisar vasculhar o computador da vítima. A ação ocorre via servidores remotos, usando uma ferramenta de automação de navegadores chamada Selenium, fazendo com que o WhatsApp interprete que a vítima está acessando a conta.
Medidas de proteção
Especialistas da Kaspersky orientam:
Desativar downloads automáticos no WhatsApp;
Restringir transferência de arquivos em dispositivos corporativos;
Ficar atento a mensagens suspeitas que peçam ações incomuns;
Manter antivírus sempre atualizado;
Confirmar com o remetente antes de abrir anexos;
Suspeitar de arquivos enviados por contatos cujo celular ou WhatsApp possam estar comprometidos.






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