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Pesquisa da Unifal-MG desenvolve IA para diagnóstico de tumores cerebrais

  • gazetadevarginhasi
  • 18 de fev.
  • 2 min de leitura
Reprodução
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Uma pesquisa do curso de Ciência da Computação da Universidade Federal de Alfenas (Unifal-MG) desenvolveu uma ferramenta de inteligência artificial (IA) que promete revolucionar o diagnóstico de tumores malignos. Utilizando imagens de ressonância magnética, o sistema alcançou uma impressionante taxa de precisão de 99,75% na identificação de três tipos de tumores – glioma, meningioma e adenoma de hipófise – além de cérebros saudáveis.
Segundo o pesquisador Lucas Ferreira, um dos responsáveis pelo projeto, a ferramenta foi criada para apoiar profissionais da saúde, fornecendo diagnósticos mais precisos e ágeis. “Nosso objetivo é não substituir médicos, mas oferecer um suporte que reduza erros e melhore a precisão na identificação de tumores”, explica.
O projeto utilizou técnicas avançadas de aprendizado profundo (deep learning), treinando a IA com mais de cinco mil imagens de ressonância magnética. Durante os testes, o software analisou 1.311 imagens e errou apenas uma classificação, um resultado considerado excepcional.
De acordo com a professora Ângela Leite Moreno, orientadara da pesquisa, o grande diferencial do sistema é sua capacidade de lidar com imagens captadas em diferentes ângulos e formatos. “As ressonâncias não são sempre padronizadas. Alguns têm cortes horizontais, outros verticais, e mesmo assim, a IA conseguiu uma precisão impressionante”, destaca.
A tecnologia empregada no projeto é baseada em redes neurais convolucionais, que funcionam de maneira semelhante à visão humana. Inicialmente, a IA identifica formas básicas, como linhas e núcleos, e, com um refinamento progressivo, passa a considerar padrões mais complexos, permitindo a diferenciação entre tumores e tecidos saudáveis.
Diante dos resultados promissores, a Unifal-MG já iniciou o processo de patenteamento da ferramenta, que será disponibilizada exclusivamente para hospitais. Além disso, os pesquisadores já planejam um novo avanço: desenvolver uma tecnologia capaz de monitorar a evolução dos tumores e avaliar a eficácia dos tratamentos ao longo do tempo.
Para isso, a equipe busca parcerias com o Hospital das Clínicas da USP de Ribeirão Preto e com um pesquisador da Unesp de Ilha Solteira. “Não basta apenas diagnosticar, precisamos acompanhar a evolução da doença e entender se o tratamento está funcionando”, ressalta Ângela.
Fonte: G1

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Gazeta de Varginha

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